FOGUETÓRIO

Na Holanda, é proibido soltar fogos de artifício, que só são permitidos na véspera do ano novo. Ai de quem soltar um rojão, ou o que seja, sem ser no réveillon, porque vai pra cadeia, com certeza. Em estádio de futebol e outros eventos, então, jamais. Pois é, país de primeiro mundo, né? Foguetório é coisa de gentalha.

Em SSCaí, até a prefeitura patrocina eventos com foguetório, dando muito mau exemplo. Daí, todos se acham no direito de, a qualquer pretexto, encher o saco dos outros. Aliás, no pensamento deles, isso só incomoda os cachorros e eles não estão nem aí. Besteira. Eu odeio foguetes e rojões e sei de MUITA GENTE que também odeia, contrariando esses idiotas.

Para acabar com a ignorância dessas pessoas, informo que MILHARES DE PÁSSAROS morrem por causa da barulheira, que, comprovadamente, perturba a saúde dos idosos, com o aumento da pressão arterial, e dos bebês, provocando choro e até vômitos. Viram? Não só os cachorros sofrem. Pelo jeito, esses “fogueteiros” odeiam gente também!!!

CAÇADOR BOM É CAÇADOR MORTO.

CARROCEIRO BOM É CARROCEIRO MORTO.

DEUS CRIOU OS PÁSSAROS, A MALDADE HUMANA INVENTOU A GAIOLA.

“Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado." (Elie Wiesel)

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." (Rui Barbosa)

"Existe 1 pessoa para fazer o bem, 10 para fazer o mal e 100 para criticar/atrapalhar quem faz o bem."

É PORQUE SOU TÃO TEIMOSA QUE INSISTO EM MUDAR O MUNDO."

(Mercedes Soza)

26 de junho de 2012

MEL: RELATO DE UM EX-APICULTOR BRASILEIRO SOBRE A CRUELDADE ENVOLVIDA NA PRODUÇÃO


Entenda por que veganos não consomem mel

          Muitas pessoas desconhecem os motivos pelos quais veganos não consomem mel. O depoimento do jovem Leandro Petry, de Lajeado-RS, vai ajudar você a entender melhor sobre a crueldade envolvida na produção deste “alimento”. Além do fator ético, o mel não é um “alimento” tão inocente quanto sempre nos fizeram acreditar. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não recomenda a injestão de mel por crianças abaixo de um ano. O objetivo da orientação é prevenir a ingestão de esporos da bactéria Clostridium botulinum, bacilo responsável pela transmissão do botulismo intestinal (leia abaixo).

Abelhas sentem dor?

          Sim. Abelhas e outros insetos sentem dor, segundo pesquisador da USP. A matéria foi publicada em setembro de 2011 e explica a conclusão do fisiologista Gilberto Xavier. Leia aqui.

Confira na íntegra o depoimento do ex-apicultor – hoje vegano – Leandro Petry


          “Por um período de cerca de 6 anos, participei da extração de mel de modo bem “artesanal”, mas que pouco difere do modo profissional, uma vez que os equipamentos para tal atividade são baratos e de fácil aquisição. Por período de tempo que não me recordo com exatidão, vi também outras pessoas compartilharem desta prática, sendo que algumas delas a faziam com finalidade comercial. A prática que ainda é vista de maneira passiva quanto ao bem estar das abelhas e, até mesmo, do meio ambiente, de responsabilidade ambiental pouco tem e a compaixão para com os animais, é inexistente. No texto adiante, relato minha experiência com a apicultura no pequeno intervalo em que me encontrei como colaborador da prática.
          A fase inicial consiste em acender a brasa dentro do fumigador. O material utilizado para a combustão varia. No nosso caso, usávamos palha e sabugo de milho triturado na maioria das vezes, mas houve casos em que um pouco de serragem foi adicionado. A fumaça sempre esteve longe de ser suave, muito pelo contrário, era densa e de difícil inalação, tanto que, o mais leve dos ventos, ao carregá-la para próximo de nossos olhos, causava profunda irritação e logo desatávamos a lacrimejar. Para as abelhas então, a menor das baforadas, tombava-as ao chão onde permaneciam por longo período, contorcendo-se e, não raramente, acabando por morrer.
          Sua morte e sofrimento não eram apenas provenientes da asfixia pela fumaça, mas também porque a fumaça, logo que sai da fonte, é muito quente, e com isso acabava matando e torturando também pela queima.
          Após vestirmo-nos e o fumigador encontrar-se apto para o serviço, passávamos a abrir as caixas onde se encontravam as colmeias. Primeiro, dávamos uma baforada na abertura por onde as abelhas tinham o acesso do meio interno ao meio externo, e vice-versa, da coméia para que não saíssem da mesma e nos atacassem. Esse era o nosso “cartão de visitas”, e já ele deixava claro o quão mal fazia a fumaça aos pequenos insetos, pois, a partir daquele momento, tornavam-se muito agitadas e agressivas e alguns indivíduos eram mortos. Na sequência, a caixa era aberta. Logo que isso era feito, mais vezes o fumigador era posto para trabalhar, porém agora diretamente sobre as abelhas, as larvas e os ovos e todas as demais estruturas da comeia. O objetivo era fazer com que se não pudessem voar e, novamente, nos atacar, não obstante, muitas o faziam, mesmo muito atordoadas e intoxicadas, e frequentemente acabavam por cair no chão e ali agonizavam, muitas vezes até a morte.
          Após toda essa agressão de nossa parte, passávamos a tirar os favos de mel e logo íamos à procura das celas que continham a geléia real e as larvas que dariam origem às próximas rainhas para que matássemos a mesmas, impossibilitando a formação de novos enxames e um possível enfraquecimento do atual. Nessa parte, matávamos muitas abelhas, pois esmagávamos muitas com as nossas mãos e com os instrumentos usados na etapa em questão, além do número de insetos mortos que aumenta devido também ao uso do fumigador.



          A etapa seguinte era a centrifugação dos favos para a retirada do mel. Isso sempre era feito pela noite, pois então as abelhas estariam menos agressivas e estão podíamos nos vestir com roupas “normais”, pois com elas ficávamos mais a vontade, e nos tranquilizar quanto à possibilidade de sermos ferroados. Mesmo tentando retirar todas as abelhas dos favos, muitas neles permaneciam e eram postas justo no centrifugador, onde, mais uma vez, morriam em grande número, fosse por afogamento no próprio mel que elas haviam fabricado fosse por esmagamentos nas engrenagens da máquina utilizada nesta etapa.
          A extração do mel sempre esteve longe de ser gentil e de não gerar morte e sofrimento às abelhas. Deveria mais era ser caracterizada como um roubo, uma vez que a própria palavra “extração”, ou “retirada”, não tem competência etimológica para designar a falta de valores éticos e morais para com os animais que precedem a prática da apicultura. Sendo ela realizada com finalidade comercial ou para consumo próprio, em larga ou pequena escala, com ou sem a utilização do fumigador, etc. Partilho da minha experiência para afirmar que NÃO, A APICULTURA NÃO É UMA PRÁTICA PACÍFICA E HUMANITÁRIA!”

Leandro Petry
Ex-apicultor, ex-piscicultor, ex-pecuarista e ex-avicultor, hoje Vegano
Lajeado-RS

(Publicado em ViSta-se)



Menores de um ano devem evitar o consumo de mel

          A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que crianças com menos de um ano de idade não consumam mel. O objetivo da orientação é prevenir a ingestão de esporos da bactéria Clostridium botulinum, bacilo responsável pela transmissão do botulismo intestinal. Não existem restrições ao consumo de mel por crianças com mais de um ano de idade e adultos sem problemas de saúde relacionados à flora intestinal.
          Apesar de não haver confirmação de casos da doença no Brasil, a atuação da Anvisa está fundamentada em publicações oficiais da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (como, por exemplo o Manual Integrado de Vigilância Epidemiológica do Botulismo - PDF) e publicações científicas sobre contaminação do mel brasileiro com Clostridium botulinum. Resultados de pesquisas (PDF) apontam que 7% das 100 amostras de mel comercializadas por ambulantes, mercados e feiras livres, em seis estados brasileiros, estavam contaminadas com o bacilo.
          O assunto foi pautado pela Agência em duas reuniões da Câmara Técnica de Alimentos, fórum formado por professores especialistas que fornecem suporte técnico à Gerência Geral de Alimentos da Anvisa. “A discussão ocorrida na Câmara Técnica de Alimentos resultou na publicação do Informe Técnico 37, que alerta pais e educadores para não incluir o mel na alimentação de crianças menores de um ano”, explica a diretora da Anvisa, Maria Cecília Martins Brito.
          O botulismo intestinal só se inicia após a transformação dos esporos do Clostridium botulinum para a forma vegetativa (início das atividades metabólicas do microrganismo). Na forma vegetativa, esse bacilo se multiplica e libera toxina botulínica no intestino. “É importante lembrar que a multiplicação do Clostridium botulinum e liberação da toxina no intestino só ocorre em crianças que ainda não possuem a flora intestinal completamente formada ou em adultos com alguma doença que possa alterar essa flora protetora”, afirma Brito.
          Em adultos sem problemas relacionados à flora intestinal, o consumo desses esporos nos alimentos não gera qualquer tipo de problema para a saúde. “A vigilância sanitária está trabalhando com o princípio da precaução, uma vez que o alto teor de açúcar e a baixa atividade de água, próprios do mel, impedem a germinação do esporo e, conseqüentemente, a produção da toxina”, finaliza a diretora da Anvisa.

Botulismo

          O botulismo é uma doença neuroparalítica grave, não contagiosa, resultante da ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Quando provocada pela ingestão de alimentos contaminados, é considerada doença transmitida por alimento. Nas amostras de alimentos é comum encontrar formas esporuladas do Clostridium botulinum, em especial no mel.
          O botulismo intestinal é um modo de transmissão do botulismo e ocorre com maior freqüência em crianças com idade entre 3 e 26 semanas. Está associado à ingestão de esporos da bactéria presentes em alimento contaminado.
          De acordo com a Portaria 5/2006, da Secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, o botulismo é doença de notificação compulsória. As suspeitas de casos exigem notificação à vigilância epidemiológica local e investigação imediata.

(Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa)

22 de junho de 2012

OS GATOS CONQUISTARAM A SOCIEDADE SUPERANDO AS CRENDICES

Vininha F. Carvalho

          Os gatos sempre foram alvos de muitas crendices: -“Se você ve um gato preto numa sexta-feira 13 é melhor fazer o sinal da cruz para evitar má sorte”. “Cruzar com gato preto na rua dá azar”. ”Quem pisa no rabo de um gato não casa no ano, só nos anos seguintes”.
          A superstição teve origem na Idade Média, quando se acreditava que estes felinos, devido a seus hábitos noturnos, se tornaram amigos inseparáveis da mística figura da feiticeira, dando origem a lenda que eles possuíam sete vidas. Apesar dos esforços empregado para acabar com eles, dificilmente diminuíam em número. Isso porque, já naquela época, havia muitos de seus defensores, pessoas que escondiam e criavam gatos secretamente.
          No século XV, o papa Inocêncio VIII (1432-1492) chegou a incluir o pequeno animal na lista de perseguidos pela inquisição, campanha assassina da Igreja Católica contra supostas heresias e bruxarias. Assim, os inquisidores afirmavam que só tendo mesmo parte com misticismo e afins um animal sobreviveria, mesmo sendo tão caçado. Surgindo, assim, o termo que o gato tem sete vidas. Dizem que a escolha do “sete” é pelo fato deste ser um número cabalístico: o sétimo dia foi o do descanso de Deus após a criação do universo, são sete os pecados capitais, as notas musicais e as cores do arco-íris. Na França, a perseguição aos gatos durou até 1630, quando foi proibida pelo rei Luiz XIII (1601-1643).
          Os gatos, na realidade, são dotados de particularidades anatômicas e fisiológicas privilegiadas. É esse senso que permite que esses animais girem rapidamente no ar quando estão caindo de cabeça, reposicionando-se e fazendo as adaptações necessárias para assegurar a “aterrisagem”.
          O gato esteve sempre unido à história do homem com um carisma totalmente diferente ao do cão. Sempre foi vítima de inverdades, inclusive que, para pessoas alérgicas, basta um contato com ele para ter péssimos efeitos.
          Durante muitos anos foi dito que ter gatos em casa nos primeiros anos de vida aumenta as chances de crianças serem alérgicas, mas um estudo mostra exatamente o contrário, afirma o principal autor do relatório, Dennis Ownby, da Faculdade de medicina de Geórgia, em Augusta. Altos níveis de alergênios de gato em casa reduzem o risco de asma ao mudar a resposta imunológica aos felinos. Quanto mais uma pessoa se expõe a alergênios, como partículas de pó ou pólen, mais desenvolverá anticorpos e maior probabilidade terá de sofrer alergias ou contrair asma.
          De acordo com um estudo publicado na revista Pediatrics, sobre a população dos Estados Unidos, mais de 500 mil crianças com menos de 6 anos de idade não teriam a doença se os fatores de risco domésticos fossem eliminados. Os pesquisadores analisaram 400 crianças durante sete anos e descobriram que aquelas que estiveram expostas a dois ou mais animais de estimação tiveram a metade das chances de se tornarem alérgicas.
          Reações alérgicas são causadas quando um anticorpo chamado imunoglobulina-E se associa a uma célula sanguínea chamada célula-mestre. Ao se ligar ao anticorpo, a célula-mestre libera substâncias químicas que causam as inflamações.
           Há pelo menos mais quatro estudos recentes sugerindo que o convívio nos primeiros anos de vida com cães e gatos possa permitir que o corpo construa defesas contra os agentes capazes de produzir alergia
          Segundo o cientista Dennis Ownby, a saliva, as fezes e a urina dos cães e gatos transferem muitas bactérias do tipo gram-negativo e isso pode mudar a forma como o sistema imunológico da criança reage a essas bactérias, ajudando a protegê-la contra as alergias.
          Para Ownby, os resultados do estudo estão de acordo com o que os médicos chamam de "hipótese da higiene". A tese é que o sistema imunológico de pessoas que crescem em um ambiente limpo demais, sem contaminantes ambientais, pode reagir em excesso quando se depara com substâncias que provocam alergia.
          Os pesquisadores da Universidade da Virgínia são otimistas sobre as descobertas do estudo porque consideram que permitirão entender melhor a relação entre a asma e a exposição aos alergênios, o que, por sua vez, poderá colaborar no desenvolvimento de novos tratamentos dessa enfermidade.
          O Brasil ocupa o quinto lugar no ranking de países com maior prevalência de doenças alérgicas, perdendo para o Reino Unido, a Austrália, a Nova Zelândia e os EUA. Uma das hipóteses para explicar esse aumento seria a do excesso de higiene.
          Segundo Luisa Karla de Paula Arruda, professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, é preciso analisar a pesquisa. Ela diz que ainda não é possível afirmar se o efeito protetor das alergias é realmente originado das endotoxinas encontradas nos animais. O animal pode, em tese, proteger a maioria dos indivíduos, mas não posso dizer que isso vá acontecer para o indivíduo A ou B. Na maioria dos casos, é provável que a exposição tenha efeito protetor, mas essa proteção não é de 100%. Uma parte pode se sensibilizar.
          Para a pediatra Maria Regina Guillaumon, desde que não interfira no desenvolvimento e no crescimento das crianças, a presença de um animal de estimação é benéfica. Segundo o veterinário Renato Miracca, 36, o estudo deve provocar muitos questionamentos. "Às vezes o animal é retirado sumariamente de casa, mas a reação alérgica pode estar sendo causada por outros fatores, como o cigarro e a poeira do ambiente", orienta.
          Durante a gestação, muitas proprietárias de gatos ficam com dúvidas sobre a segurança no convívio com esses animais. Embora a transmissão da toxoplasmose seja atribuída ao gato ela é transmitida mais frequentemente por outros meios. Cuidados simples permitem a convivência entre gatos e gestantes sem prejuízos.
          Existe ainda o mito de que a toxoplasmose é a “doença do gato”, e esse pensamento equivocado é comum mesmo entre muitos médicos. Os gatos podem transmitir a doença, mas para isso ocorrer eles devem estar infectados. Isso ocorre ao comer roedores, passarinhos e outros animais contaminados. O parasita então é passado nas fezes do gato na forma de oocisto, que é microscópio e pode ser ingerido pelo ser humano em algumas situações: após limpar a caixa de fezes do gato ou comer alguma coisa que entrou em contato com fezes de gato infectado com toxoplasma.
          O gato que fica dentro de casa, sem o hábito de caçar, raramente poderá estar infectado com a toxoplasmose. Um exame simples de sangue no felino é suficiente para eliminar as dúvidas.
          Algumas dicas para evitar a contaminação:
          - Lavar as mãos após o contato com carne crua;
          - Lavar pias, tábuas de carne e outros utensílios;
          - A carne deve ser bem cozida para o consumo;
          - Lavar bem as frutas e verduras;
          - Limpar diariamente a caixa sanitária do gato, pois assim as fezes são removidas antes que os “ovos” possam se tornar contaminantes. As mulheres grávidas devem evitar essa tarefa, ou utilizar luvas e depois lavar bem as mãos;
          - Não alimentar os gatos com carne crua, vísceras ou ossos e não permitir que saiam de casa para que evitem o hábito da caça;
          - Combater vetores, como insetos, por exemplo.
          Quanto a questão da convivência de bebês e gatos, especificamente, não há problema algum se algumas regras forem seguidas. Primeiramente, os animais devem estar com a vacinação em dia. Tanto a Polivalente quanto a Anti-rábica.
          A companhia de um gato traz muitos benefícios psicológicos, e um deles é aliviar o estresse. Poder cuidar de um animal, ter um gatinho para abraçar faz você se sentir bem e reduz o nível de estresse, pois influencia positivamente o seu humor.

Vininha F. Carvalho é jornalista, ambientalista e presidente da Fundação Animal Livre

20 de junho de 2012

SERÁ QUE OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS ?



          "Cada dia eu me convenço mais de que não vi tudo nem vou ver até que eu passe desta aqui para melhor. Como diz o velho ditado, “Nada como um dia depois do outro”, e na política estou plenamente convencido de que tudo é possível, até mesmo o inimaginável.
          Até pouco tempo não era interessante convidar Paulo Salim Maluf e Luis Inácio Lula da Silva, para estarem no mesmo recinto. Eles eram mortais inimigos.
Entre as muitas “farpas” que trocaram, seguem algumas:

"Se o civil tiver que ser o Paulo Maluf, eu prefiro que seja um general.”
Luís Inácio Lula da Silva, durante a eleição presidencial de 1984.

"O problema do Brasil não está no deputado Paulo Maluf, mas sim nos milhares de 'malufs'.”
Luís Inácio Lula da Silva, em 1986.

"Faz 15 anos que Lula não está no torno, que não conta como vive, quem paga seu salário.”
Paulo Maluf, quando era prefeito de São Paulo, em 1993.

"Quem votar em Lula vai cometer suicídio administrativo.”
Paulo Maluf, quando era candidato a presidente, em 1993.

"O símbolo da pouca-vergonha nacional está dizendo que quer ser presidente da República. Daremos a nossa própria vida para impedir que Paulo Maluf seja presidente".
Luis Inácio Lula da Silva (presidente do PT), no Comício das Diretas Já, na Praça da Sé, em 1984.

"Perto do Lula e do Fernando Henrique Cardoso, eu me considero comunista.”
Paulo Maluf, em crítica ao governo federal, em 2007.

"Declaração infeliz do presidente. Ele não está a par do problema e se ele quiser realmente começar a prender os culpados comece por Brasília. Tenho certeza de que o número de presos dá a volta no quarteirão e a maioria é do partido dele, do PT".
Paulo Maluf (ex-prefeito), em 2005, sobre as declarações de Lula a respeito de sua prisão.

"Se o Maluf é pescador, ele sabe que pegar lambarizinho é muito mais fácil que pegar peixe graúdo.”
Luiz Inácio Lula da Silva, Lula, em 2003, ao falar sobre o combate ao crime organizado em São Paulo.

          Mas vamos lá ...
          O anúncio da aliança entre o PT de Lula e Paulo Maluf (PP - lembrem-se PDS e Arena), em apoio à pré-candidatura do ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, à prefeitura de São Paulo, foi confirmado nesta segunda-feira (18 de junho).
          Os inimigos históricos selaram a união depois que o engenheiro Osvaldo Garcia, aliado de Maluf, foi nomeado Secretário Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades. O velho toma lá dá cá, símbolo do fisiologismo que assola o país, um país que não possui mais oposição.
          Paulo Salim Maluf é procurado pela Interpol, aparece na lista dos corruptos brasileiros divulgada nesta semana pelo Banco Mundial, com dados em que cita 150 casos internacionais de corrupção. Maluf aparece com o banqueiro Daniel Dantas.
          Maluf é o representante da direita paulistana na época da Ditadura Militar, que tanto perseguiu o PT e seus companheiros.
           Mas como os fins justificam os meios, o PT está é de olho no 1 minuto e 35 segundos dos socialistas de direita do PP, que dará a Haddad vantagem de um minuto sobre Serra no horário eleitoral da TV.
          A indignação entre a esquerda brasileira foi e está sendo muito grande.
          O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) criticou a aliança e questionou o fato de integrantes do PT serem responsáveis por comentários negativos ao que chamam de Partido da Imprensa Golpista (PIG), termo criado por Fernando Ferro (PT-PE). “Pergunta: que moral tem uma pessoa pra falar em ‘PIG’ quando seu partido está de braço dado com Maluf, Collor, Sarney, Crivella e Malafaia?", escreveu o parlamentar socialista nas redes sociais.
          Já a senadora Marta Suplicy (PT-SP) ironizou a aliança de seu partido com o ex-rival e agora “mui amigo” de Lula, dando a entender que seria menos ruim a legenda ser apoiada pelo prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab. “Achei que seria pesadelo com Kassab, imagine agora com o Maluf”, disse.
          Após o PT e o PP selarem oficialmente o acordo em São Paulo, a pré-candidata a vice da chapa de Haddad, deputada federal Luiza Erundina (PSB), pulou fora do barco, pois, conforme confessou em entrevista ao Estadão, será “desconfortável” dividir um palanque com Maluf.
          Em entrevista ao site da revista Veja, Erundina afirmou: “É constrangedor ver Lula e Haddad na casa de Maluf celebrando essa aliança. No momento em que instalamos a Comissão da Verdade para desvendar crimes da ditadura, o PT se alia a um dos tentáculos da ditadura militar”. A deputada questiona se vale a pena se aliar a “forças nefastas da política brasileira” em troca de “um minuto a mais” no tempo de televisão.
          Esta ação do ex-presidente Lula está sendo considerada desastrada por alguns aliados, pois afastou definitivamente Marta Suplicy dos palanques de Haddad e agora sepultou a chance de ter a companhia de Luiza Erundina, que é muito bem avaliada na periferia de São Paulo.
          Como disse no início, nada como um dia depois do outro. O (até agora) grande timoneiro do Partido dos Trabalhadores mostra até que ponto se vai para atingir o poder.
          Será que os fins justificam os meios?
          Só a história vai responder."


Ricardo Orlandini
(Postado em ricardoorlandini.net)

Observação: Cruz-credo!!! Eu já sabia que o ex-presidente Lula não era tudo isso, mas agora, até pra ele, um baita enganador, o limite entre a política e a pouca-vergonha foi cruzado. Se Deus for justo, ele vai ter de engolir esse 1 minuto e 35 segundos. Eu não sou PT, aliás, não sou de nenhum partido, muito antes pelo contrário, ODEIO todos os partidos, mas foi uma baita sacanagem pros petistas, os que ainda têm vergonha na cara, é claro.

19 de junho de 2012

ONG HOMENAGEIA MCCARTNEY PELO VEGETARIANISMO, EM SEU ANIVERSÁRIO.

          Do G1 | Peta enviou ao ex-beatle cartão que reproduz capa de álbum com animais. Músico celebrou 70 anos nesta segunda-feira (18 de junho).


          A ONG de defesa dos direitos dos animais Peta enviou um cartão especial ao ex-beatle Paul McCartney, que celebra 70 anos nesta segunda-feira (18 de junho). A foto reproduz a clássica capa do álbum Abbey Road, de 1969, substituindo os Beatles por animais. Em cartazes, eles dizem: ‘Parabéns, Paul! Obrigado por nos amar e não nos comer’. McCartney é vegetariano.

(Postado em ViSta-se)

18 de junho de 2012

Rejeitado por zoos e esperando lar há 3 anos, leão Juba chega a São Paulo e ganha uma casa nova.

Aliny Gama
Do UOL, em Maceió

          Com muitas marcas no rosto e pelo corpo dos maus-tratos sofridos ao longo de uma vida em cativeiros particulares, Juba foi rejeitado por vários zoológicos antes de ser acolhido por uma ONG.


          A vida de maus-tratos e tristeza do leão Juba, 18, chegou ao fim. Nesta sexta-feira (15), o animal foi transferido do Ceará para São Paulo em uma viagem aérea que durou 4 horas para finalmente viver em uma nova casa, construída em um santuário ecológico em Jundiaí (a 58 km da capital paulista).
          O voo que trouxe Juba pousou no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, às 16h30min. O leão teve uma viagem tranquila e não precisou ser sedado. O manejo para retirar a caixa de transporte de Juba do avião durou duas horas e até a PRF (Polícia Rodoviária Federal) ficou à espera do animal para fazer a escolta até Jundiaí.
          Juba estava há mais de três anos em um dos recintos improvisados do Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres) do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), em Fortaleza, depois que foi apreendido em um zoológico particular no Ceará, em 2008. O zoológico foi fechado devido às irregularidades de maus tratos com os animais, que ficaram por pouco tempo no Cetas - apenas Juba e duas leoas, Yasmin e Tchutchuca, ficaram à espera de adoção.
          Por estarem com uma aparência boa, as leoas logo ganharam candidatos interessados em adoção. Tchutchuca foi transferida em janeiro para o zoológico de Teresina, enquanto Yasmin iria para um zoológico em Minas Gerais, mas a adoção não deu certo. Ninguém se interessou por Juba, mas a ONG Mata Ciliar se ofereceu para cuidar do animal em definitivo. Nesta sexta-feira (15), Yasmin pegou “carona” no avião que levou Juba para São Paulo para ser levada para a Fazenda Kirongosi, em Álvaro Carvalho (a 450 km de São Paulo).
          De acordo com a voluntária da Mata Ciliar, Fátima Nogueira, o valor da passagem de Juba foi negociado e baixou de R$ 21 mil para R$ 13,6 mil. “A TAM doou R$ 11.300 e nós completamos os R$ 2.300 que faltavam”, contou Nogueira, destacando que o valor pagou um pallet inteiro no avião, que coube a caixa de Yasmin. “Conseguimos que a empresa concordasse em trazer no mesmo pallet Yasmin sem aumentar o valor da passagem.”
          A ida do terceiro veterinário, que voltou com os animais dentro do cargueiro, foi paga com parte do valor que sobrou da arrecadação de voluntários para a conta de Juba.
          A campanha para ajudar o leão a ganhar um novo lar conseguiu arrecadar R$ 39.677,67. Segundo Nogueira, na página do Facebook contém uma planilha com a prestação de contas de todos os gastos, inclusive os R$ 30 mil relativos a construção do recinto de Juba no santuário ecológico.

Operação de manejo

          Da saída do Ceará a chegada em São Paulo, Juba passou por uma preparação que se iniciou na última quarta-feira (13) com a chegada de três veterinários da Mata Ciliar para avaliar o animal e realizar os procedimentos de manejo para que ele não fosse dopado para viajar. Apesar de os veterinários levarem uma mala com anestésicos e uma aparelhagem para aplicação da droga, nada foi usado. Na tarde desta quinta-feira (14), Juba entrou tranquilamente dentro da caixa. Lá mesmo almoçou e tirou uma soneca. Neste momento, de acordo com relatos da voluntária Célia Frattini, os veterinários aproveitaram para fechar a grade e Juba passou a noite e madrugada dormindo sem notar que já estava trancado para seguir viagem para a nova casa. O mesmo ocorreu com Yasmin, que também não deu trabalho para entrar em sua caixa.
          “Eles não foram e não serão sedados. Dormiram esta noite em suas caixas e permanecem tranquilos por si mesmo. Pensamos que sentem que tudo o que está acontecendo é bom... e estão em paz!”, informou Frattini, que ficou registrando em tempo real todos os procedimentos da viagem de Juba e Yasmin.
          Segundo Frattini, os trabalhos de manejo para levar as caixas com os leões até o aeroporto começou logo cedo. Às 7h desta sexta-feira (15), as equipes do Ibama e da Mata Ciliar já estavam a postos para avaliar as condições dos animais e fazerem o transporte em duas caminhonetes.
          Ao meio-dia, Juba e Yasmin aguardavam o avião tranquilamente dentro das caixas e, durante a viagem, também não deram trabalho algum. Durante a descarga e o transporte deles aos novos lares, os animais continuaram tranquilos, sem a necessidade de serem anestesiados.

Marcas

          Devido às marcas de maus tratos evidentes no rosto do leão, ocorridas em dois zoológicos em que passou, Juba ficou três anos à espera de um “padrinho” para adotá-lo, mas ninguém se candidatou.
          Ao saber da história do leão, que já havia sofrido maus tratos também em um zoológico no Rio de Janeiro, a ONG Mata Ciliar, que possui um santuário ecológico em Jundiaí, iniciou uma campanha para adotar o animal.
          Foram idas e vindas em mais de seis meses para conseguir arrecadar o valor de R$ 30 mil para construir o recinto apropriado para o porte do animal, a doação de uma caixa de transporte confeccionada especialmente para Juba e as guias de autorização da transferência do leão.
          Já com a caixa pronta e levada para o Cetas para adaptação de Juba, a ONG esbarrou na falta de transporte aéreo para levá-lo do Ceará a São Paulo –devido à idade e aos problemas de saúde, Juba não poderia enfrentar uma viagem por via terrestre.
          Dois pregões foram abertos para contratar uma empresa para transportar o leão, mas nenhuma companhia se interessou em participar. A ONG e o Ibama conseguiram sensibilizar a TAM Cargo para realizar o transporte, que cobrou o valor de R$ 15 mil, mas baixou para R$ 8.000, porém, no dia anterior a viagem, a empresa informou que a caixa de Juba não cabia em nenhum dos bagageiros dos aviões de carga que operam a linha Fortaleza-São Paulo.
          Voluntários abraçaram a causa e fizeram uma nova campanha em redes sociais para arrecadar doações para completar o custeio do transporte aéreo feito por outra companhia aérea. Com R$ 2.460 em caixa, a Mata Ciliar conseguiu arrecadar R$ 7.217,00. Nos próximos dias, uma nova planilha deverá estar atualizada com todos os valores gastos para realização da “Operação Juba”.


(Postado em apascs.org.br)


Observação: Essa vergonha mundial, que é o comércio de animais, tem de acabar, juntamente com todos os zoológicos. Ah! Sim, não pensem que os zoológicos são uma maravilha. Os animais, todos eles, são retirados de seu habitat natural, sequestrados, a bem da verdade, para serem espalhados pelo mundo em zoológicos públicos e privados. Uma pouca vergonha!!! Essa gentalha ainda têm o peito de fazer propaganda e atrair as "crianças"!!! Os pais e as escolas são cúmplices da maldade, porque levam as "crianças" a esses locais. Não sabem o mal que estão fazendo??? O pessoal desses zoológicos vai dizer que "os animais são muito bem tratados". Não sei como!!! Foram retirados à força de onde moravam, ficam em pisos de cimento, ESCORREGANDO a toda hora, porque não sabem caminhar ali. Alimentados??? E daí??? Duvido que a comida tenha o mesmo gosto em casa e na cadeia!!! É o fim da picada mesmo, que se use dinheiro público, o nosso dinheiro, pra perpetuar esse horror. Nos circos isso já está sendo combatido e, aos poucos, tenho fé que essa barbaridade vai terminar em todo o país. O contrabando de animais no mundo todo é uma "indústria" de bilhões de dólares. Então, não vai acabar assim no mais. E seus cúmplices são os donos de circos, os gestores públicos, os professores e os paisculpados da manutenção dos zoológicos. Não tem nada de levar as "crianças" ao zoológico. As crianças não precisam "ver tudo". Aliás, as "crianças" são usadas como desculpa pra tudo. "As crianças têm de conhecer os animais." É claro, por fotos, filmes, etc., nos seus respectivos habitats!!! E não animais acuados, maltratados, totalmente depressivos e sem qualquer esperança de uma vida digna!!! Não importa o tratamento dado a eles, eles são VÍTIMAS DA MALDADE HUMANA !!! Não pensem que esses gestores públicos são "bonzinhos". Não são, senão acabariam com essa barbaridade. E o que fazem é CRIME, sim, porque nem imaginam de onde vêm esses pobres bichos. Dizem que são "animais legalizados". Legalizados por quem??? É tudo mentira. São animais contrabandeados, sequestrados e muito maltratados. De cada DEZ animais sequestrados, apenas UM vive e pode ser aquele justamente que está na sua frente, no zoológico. Mas, ao vê-lo, pense nos outros NOVE que morreram devido à ganância humana. Vejam vídeos do tratamento dado a esses animais: www.pea.org.br e demais endereços acima. Nunca mais levem as "crianças" em qualquer zoológico. Elas estarão regredindo na evolução humana, com certeza. Com a internet, todos podem ir a qualquer parte do mundo. Vão!!! E deixem os animais nas suas casas.

15 de junho de 2012





          Equipe da cantora pop tem 200 pessoas e toda a alimentação é vegetariana. Chefs pessoais, 30 seguranças, um acupuncturista, um instrutor de yoga e até uma pessoa responsável pela lavanderia a seco integram uma grande equipe que viaja com a diva na atual turnê. Toda a alimentação servida para cantora e equipe é vegetariana, segundo a revista In Touch.
          Para mais informações sobre os shows da cantora no Brasil em dezembro clique aqui.

(Postado em ViSta-se)

14 de junho de 2012

Campanha da CIWF contra o governo egípcio.

          A Ong CIWF desenvolve um trabalho excepcional com referencia ao trato recebido pelos animais usados na alimentação humana. Ela revela bastidores do que acontece em fazendas, transportes, matadouros, abatedouros ... enfim, tudo que envolve a exploração animal de "consumo".
          A CIWF corre atrás do transporte de animais, nossos inclusive, que são exportados para países como Egito e outros mais, que abatem os bichos da pior maneira possível. Já que em nosso país ainda não temos uma ONG temática a respeito, nossa obrigação é sermos parceiros dela ao fortalecer seu trabalho.
          Entrem neste link e assinem a carta que estão enviando para o governo do Egito. A direção da ONG estava resistindo a publicar um vídeo com imagens inacreditáveis sobre a maneira com que os animais são tratados naquele país, mas, para fazer esta campanha resolveram colocar no site. CLIQUE PARA VER. Aviso que são imagens bem fortes.
          Agora, não deixem de ler a TRADUÇÃO de parte do site da ONG, feito pela nossa colaboradora lá de Londres, Áurea Abrantes, com todas as informações a respeito, inclusive, da carta a ser enviada ao governo egípcio. É bom que todos saibam, principalmente quem não sabe inglês, o que estão assinando e o quanto estão colaborando:
          Compaixão está pedindo ao FMI, OIE e à Comissão Européia para trabalharem juntos em questão de urgência para ajudar os países em desenvolvimento para:
- Melhorar a infraestura dos abatedouros;
- Melhorar as práticas de trabalho;
- Providenciar treinamento efetivo;
- Reforçar a supervisão dos veterinários;
- Melhorar o gerenciamento de abatedouros;
- Incorporar os padrões da OIE na legislação doméstica, em cada país signatário.
          Recentemente, a CIWF compareceu ao seminário da OIE (World Organization for Animal Health) e levamos o filme "Um caminho para um futuro melhor?" para ser exibido. Filme que relata o modo cruel e desumano com que os animais são tratados nos abatedouros do Egito.
          A CIWF existe para combater a este tipo de atrocidade. Na década de 90, a CIWF fez campanha para que os animais fossem legalmente reconhecidos como seres sencientes - seres que tem capacidade para sentir e sofrer, e, portanto, precisam de seu bem-estar protegido por lei. Isto pode parecer óbvio para os nossos seguidores, mas levou-nos longos anos de campanha antes de sermos bem sucedidos. Senciência animal é agora reconhecida por leis e diretrizes da OIE. Então, por que abusos horríveis como esse continuam a acontecer?
Com frequência os animais de produção ainda são tratados como meros produtos. O modelo predominante na agricultura em todo o mundo trata os animais como insensíveis comodities. Animais são vistos como "unidades de produção", cujo bem-estar é muito menos importante do que a margem de lucro. O tratamento abusivo e cruel de animais mostrados no vídeo demonstra o que esta concepção e atitude pode provocar. Sem treinamento adequado das pessoas envolvidas diretamente com os animais e sem supervisão, o resultado podem ser cenas de horror inimagináveis como as que vemos.
          Nosso histórico mostra que nós podemos criar uma mudança real, mas a batalha será longa e difícil. Na sequência, a nossa última solicitação de ajuda sobre esta questão, mais de 24.000 e-mails foram enviados por simpatizantes da CIWF para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) pedindo uma atitude imediata para por fim às atrocidades. Esta é uma resposta incrível. Muito obrigado. E hoje, após muito ponderar, decidimos liberar as imagens chocantes do filme, pois precisamos da sua ajuda, novamente, pelos animais.

Tradução da carta que será enviada para o embaixador do Egito:

Sua excelência,

          O novo filme da CIWF intitulado "Um caminho para um futuro melhor? - A necessidade de implementação das recomendações da OIE sobre bem-estar animal", contém imagens extremamente angustiantes do abate de animais no Egito.
Na verdade, o Chefe Executivo da CIWF, Philip Lymbery, diz que é o filme mais angustiante que ele já viu em seus 20 anos ou mais, trabalhando no campo do bem-estar animal.
          O filme foi rodado em três países - Egito, Turquia e Indonésia. As cenas do filme que descrevemos abaixo foram todas tiradas no Egito:
- Vemos magarefes (carniceiros) cortando os tendões das pernas do gado com uma faca, a fim de torná-los mais fáceis de controlar. O gado é espancado na cabeça com uma grande barra de ferro. Em alguns casos, são dados vários golpes antes que o animal sucumba, atordoado de modo que ele caia no chão, ponto no qual a sua garganta é cortada.
          Em alguns matadouros egípcios os abatedores não realizam um corte adequado completo através da garganta, que produziria uma morte mais rápida. Em vez disso, simplesmente dão várias facadas no pescoço. Mesmo depois de vários golpes desse tipo, os animais ainda permanecem de pé nas quatro pernas, enquanto sangram lentamente pelo pescoço. Eventualmente - após vários minutos após a primeira facada - eles finalmente colapsam no chão.
          Vemos ainda um camelo sendo abatido de modo tão descuidado que ele permanece em pé após o corte da faca. Só depois de alguns minutos, eventualmente, ele é derrubado para o chão. Finalmente vemos um bovino ser abatido na rua. Ele é cortado por três homens armados com facas e leva um tempo extremamente longo e doloroso para morrer.
          Tudo o que é apresentado no filme é uma violação das normas da OIE de bem-estar para o abate de animais. Como membro da OIE, o Egito é obrigado a cumprir as suas normas. Assim, apelo ao Egito para tomar medidas imediatas que assegurem que as operações de abate sejam realizadas em conformidade com as normas da OIE, do qual o Egito é signatário.

Respeitosamente.”

(Postado em ogritodobicho.com.br)

Observação: Não sei porque não comentaram o abate que é feito aqui mesmo, no Brasil. É um horror, de qualquer maneira. Ainda não apareceu um “cientista” para afirmar que os animais não sentem nada, como ouço algumas pessoas comentarem. E se todos sabem que eles, os animais, sentem o mesmo que nós, POR QUE AINDA ACEITAM QUE ELES SEJAM MORTOS PARA SEREM COMIDOS ??? É uma hipocrisia generalizada. Acontece com eles o mesmo que aconteceria se fossem humanos que estivessem naquela situação. Por que acabaram com o “canibalismo”??? Por coerência, deveria ter continuado. São dois pesos e uma medida???

"Dossier chinchila" da Blogueira Shama detona as useiras de peles... muito legal!!!

Sensacional !!! Nossa leitora Alexandra nos enviou uma sugestão de pauta que me fez, imediatamente, aprontar a postagem. Valeu, amiga!!!

Ela descobriu um blog chamado Blogueira Shame, dedicado à moda, em que sua autora coloca as fotos de todas as socialytes denunciadas como useiras de peles de animais nas suas roupas!!! A sessão do blog super engraçado e acessado se chama "Dossiê Chinchila". Vamos dar uma olhada e municiar a Shame? Clica na imagem para entrar direto no link do dossiê ... Muito bom!!!






(Postado em ogritodobicho.com.br)

11 de junho de 2012

MENSALÃO: ENTENDA O CASO QUE SERÁ JULGADO PELO STF

Com a decisão da Suprema Corte, que marcou para 1º de agosto o início do julgamento, relembre o que aconteceu, quem são os réus e do que eles são acusados.

38 réus, 147 volumes, 173 apensos, 69 mil páginas. Os números do processo do mensalão, que começará a ser julgado em agosto pelo STF.

          Sete anos depois do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), denunciar a sua existência, numa entrevista à jornalista Renata Lo Prete, na Folha de S. Paulo, foi marcado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) o início do julgamento do mensalão. Em reunião na tarde de quarta-feira (6), os ministros da Suprema Corte aceitaram uma sugestão de cronograma feita pelo ministro Celso de Mello, que marca o início do julgamento para o dia 1º de agosto. A expectativa é que as sessões do que deverá ser o mais importante julgamento de cunho político da história da Suprema Corte estendam-se até setembro.
          São 147 volumes e 173 apensos, que formam nada menos que 69 mil páginas de um processo com 38 réus (dos 40 acusados inicialmente, morreu o ex-deputado José Janene, do PP, e o ex-secretário do PT Sílvio Pereira fez um acordo com a Justiça pelo qual cumpriu 750 de trabalho comunitário em troca de colaborar com a investigação). O relatório que acolheu a denúncia do então procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, foi feito pelo ministro Joaquim Barbosa. Na peça acusatória que será lida no dia 1º de agosto, o atual procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pedirá a condenação de 36 réus. Ele pede a absolvição do ex-ministro da Secretaria de Comunicação Luiz Gushiken e do ex-assessor do PF (hoje PR) Jacinto Lamas, por falta de provas contra os dois.
Para que se cumpra o calendário acertado pelos ministros do Supremo, é necessário que seja concluído o relatório revisor, sob a responsabilidade do ministro Ricardo Lewandowsi. Ele, porém, já informou que terminará seu trabalho até o final deste mês. Em seguida, em julho, o poder Judiciário entra em recesso, e os ministros retornarão, então em agosto, para se debruçar sobre o caso. Na primeira parte do julgamento, estão previstas sessões diárias, de segunda a sexta, para acelerar o julgamento. Depois, quando começarem os votos dos ministros, as sessões serão três vezes por semana. A expectativa é que o julgamento se encerre em setembro.

Veja como será o calendário de julgamento do mensalão

          Para facilitar a compreensão do que será julgado, o Congresso em Foco faz uma pequena memória do caso, desde seu início até o acolhimento pelo STF da denúncia do mensalão. Acompanhe:

ACORDO COM O PL
          Em meados de junho de 2002, o então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva aposta na composição de uma chapa tendo como seu vice o senador e empresário do ramo têxtil José Alencar. A presença de Alencar na chapa seria uma forma de diminuir as reações do empresariado e dos setores mais conservadores da sociedade. Para tanto, Lula precisaria compor uma aliança com o PL (hoje PR), o partido de Alencar à época. Como contrapartida para compor a chapa, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, exige um reforço de caixa para ajudar a financiar a campanha de seu partido. Acertou-se um formato de financiamento que acabou estendido a outros partidos aliados, como o PTB e o PP.

O MENSALÃO
          No dia 24 de setembro de 2004, reportagem do Jornal do Brasil denuncia que o esquema de financiamento teria se transformado num pagamento periódico, uma espécie de “mesada” a partidos aliados em troca de apoio ao governo. A reportagem, assinada pelos jornalistas Paulo de Tarso Lyra, Hugo Marques e Sérgio Pardellas, atribiu a denúncia ao ex-líder do governo na Câmara Miro Teixeira (PDT-RJ). Segundo a matéria, Miro teria ouvido de parlamentares que havia “um esquema de distribuição de verbas e cargos para premiar partidos da bancada governista”. O esquema era chamado de “mensalão”.
No dia seguinte, o então presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), disse que iria determinar a apuração das denúncias, mas já adiantava que seria no sentido de desmentir “notícias infundadas”. Miro, por sua vez, publicou nota negando que a denúncia tivesse partido dele. Sem a confirmação de Miro, o caso caiu momentaneamente no esquecimento.

ROBERTO JEFFERSON
          Em maio de 2005, reportagem de capa da revista Veja mostra o ex-diretor dos Correios Maurício Marinho recebendo em seu gabinete uma propina de R$ 3 mil. Maurício era flagrado num vídeo recebendo o dinheiro. Ele pertencia à cota do PTB no governo. Por essa razão, o caso rapidamente desviou-se para o presidente do PTB, Roberto Jefferson, que se sentiu acuado. Uma CPI foi criada para investigar o caso, e novas denúncias começaram a surgir contra o PTB. Com a suspeita de que a denúncia tivesse partido do próprio governo, mais especificamente, segundo sua análise, do então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, Roberto Jefferson resolveu contra-atacar.
          No dia 6 de junho, Jefferson concedeu uma entrevista à jornalista Renata Lo Prete, então naFolha de S. Paulo, em que denuncia a existência do mensalão. Jefferson repete, com detalhes, a história que havia sido publicada quase um ano antes pelo Jornal do Brasil. O mensalão passa a ser parte dos fatos investigados pela CPI dos Correios, e Roberto Jefferson é convocado para repetir sua denúncia.

O VALERIODUTO
          No depoimento à CPI, Roberto Jefferson detalha o que depois ficou conhecido como “Valerioduto”. Como mais tarde descreverá o ex-procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza na denúncia do mensalão, os dirigentes do PT teriam criado um esquema para “comprar suporte político” dos partidos aliados. Para tanto, foram buscar um publicitário de Minas Gerais, Marcos Valério, que tinha montado esquema semelhante para o PSDB de Minas Gerais, na campanha do hoje deputado Eduardo Azeredo ao governo do estado. Marcos Valério daria o suporte financeiro ao esquema, em troca de contratos no governo.
          Em seu depoimento, Roberto Jefferson afirma ter recebido uma mala com R$ 4 milhões das mãos do próprio Marcos Valério. E diz que os políticos aliados faziam saques na boca do caixa em uma agência do Banco Rural que funcionava no 9º andar de um shopping center de Brasília.

BANCO NO SHOPPING
          A agência do Banco Rural funcionava numa torre de escritórios anexa ao shopping e, para a sua entrada, era exigida a exibição de algum documento de identidade. Assim, havia um registro na portaria do shopping que mostrava quem tinha entrado e para qual andar se dirigia. Foi possível, assim, verificar-se que vários políticos ou seus assessores estiveram na agência do Banco Rural. Mais tarde, a CPI dos Correios pode constatar, nas suas investigações, que eles – ou pessoas ligadas a eles – efetivamente fizeram saques das contas do valerioduto.

OS MENSALEIROS
          A CPI dos Correios confirma, ao final de seus trabalhos, a existência do mensalão e recomenda a cassação dos mandatos de 18 deputados: Bispo Rodrigues (PL-RJ), João Magno (PT-MG), João Paulo Cunha (PT-SP), José Borba (PMDB-PR), José Dirceu (PT-SP), José Janene (PP-PR), José Mentor (PT-SP), Josias Gomes (PT-BA), Paulo Rocha (PT-PA), Pedro Correia (PP-PE), Pedro Henry (PP-MT), Professor Luizinho (PT-SP), Roberto Brant (PFL-MG), Roberto Jefferson (PTB-RJ), Romeu Queiroz (PTB-MG), Sandro Mabel (PL-GO), Valdemar Costa Neto (PL-SP), Vadão Gomes (PP-SP) e Wanderval Santos (PL-SP). Para escapar da perda do mandato, renunciam Valdemar Costa Neto, Paulo Rocha, José Borba e Bispo Rodrigues. O deputado José Janene afasta-se por problemas de saúde (ele morreu em setembro de 2010). José Dirceu – apontado como o comandante do esquema –, Roberto Jefferson – o denunciante, mas que confessou ter recebido dinheiro do esquema –, e Pedro Corrêa – ex-presidente do PP – foram cassados. Os demais foram absolvidos.

A DENÚNCIA
          No dia 11 de abril de 2006, o então procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, apresenta a denúncia do mensalão. Ele acusa 40 pessoas de participarem de uma “sofisticada organização criminosa” destinada a “garantir a continuidade do projeto de poder do Partido dos Trabalhadores, mediante a compra de suporte político de outros partidos”.

AÇÃO PENAL 470
          Em agosto de 2007, o Supremo Tribunal Federal aceita a denúncia de Antônio Fernando de Souza. Passa a tramitar a Ação Penal 470. Os réus são acusados de crimes como formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, gestão fraudulenta e evasão de divisas.



(Postado em Congresso em Foco)

6 de junho de 2012

O PIB CRESCEU POUCO. E DAÍ?

“Qual posição o Brasil ocuparia, caso medíssemos não o PIB, mas o nível de conforto da população?”

Por Eduardo Fernandez

          Celebrou-se, há pouco, o anúncio de que o Brasil se tornara a sexta maior economia do mundo, ou o sexto maior PIB. Com tanto território e população, isso era inevitável. Mais recentemente, lamentou-se que o nosso PIB cresceu pouco, nesse 2012. E daí? Há razões para celebrar, ou para lamentar?
          Sabe-se que é falso tomar o crescimento do PIB como sinal de melhora do bem estar, ou de mais emprego. Logo, celebrar seu crescimento, ou falta de, é comemorar o fato errado!
          Qual posição o Brasil ocuparia, caso medíssemos não o PIB, mas o nível de conforto da população? Com essa medida – aliás desconhecida -, celebraríamos ou lamentaríamos?
          A pergunta faz sentido porque a atenção dedicada à evolução do PIB apenas se justifica com base na ideia – falsa e enganadora – de que maior PIB leva a maior conforto do público. O PIB mede valor monetário de algumas das coisas que fazemos, mas não avalia nosso bem estar, e sabe-se que nem sempre o dinheiro pode comprar bem estar. Medir o conforto do público, embora difícil, seria uma avaliação direta daquilo que realmente interessa. A ideia pode parecer, mas não é, equivalente à mensuração da qualidade de vida, porque envolveria outros aspectos do “viver”.
          Há muitas outras razões pelas quais deveríamos analisar o conforto público do cidadão, e não o PIB, para avaliar como anda um país. Pesquisas já antigas mostram que, há décadas, apesar da elevação do PIB, não aumenta a percepção de bem estar dos habitantes de países desenvolvidos. No Brasil, podemos olhar, por exemplo, para a região de Carajás, onde o PIB explodiu, mas as condições de vida da população permanecem precárias. Como disse, o PIB pode ser enganador… Prisioneiros de ideias superadas, quase todos os governos ainda perseguem o crescimento do PIB, como faziam há décadas. Se antes já disseram, equivocadamente, “governar é abrir estradas”, hoje diriam, da mesma forma, “governar é fazer crescer o PIB”.
          A origem da ideia de buscar o crescimento do PIB está na promessa de que o crescimento do PIB levaria ao aumento do bem estar, afirmação que supostamente seria “comprovada” pelo aumento do número de famílias com TV, carro, geladeira e computador. Embora não sejam irrelevantes, todas essas medidas se referem ao conforto privado, ou interno às casas.
          E quanto ao conforto público, o bem estar do cidadão, quando se está fora de casa? Quanto tempo ele gasta para se deslocar de casa ao trabalho? Quais as oportunidades de lazer existentes próximo às moradias? Qual o nível de segurança nas ruas, de acidentes nas estradas, de limpeza do ar que respiramos, de qualidade dos serviços públicos? As vias públicas são lisas ou cheias de buracos? A sinalização dos locais públicos é suficiente?
          Muito mais que ter TV e carro, são esses fatores que indicam a qualidade de vida de uma população de humanos. Para se medir o “conforto público”, porém, não podemos nos limitar a um único número. Qual o sentido de se dizer que o “conforto público” aumentou, ou caiu, 2%?
          O “conforto público”, claramente, tem muitas dimensões, aliás refletindo a própria ideia de qualidade de vida. Claro, acesso à educação, saúde e justiça são fatores que não podem estar ausentes de um indicador de “conforto público”, medida que dificilmente poderá ser reduzida a um único número sem descaracterizá-la. Também é fundamental avaliar o transporte público e, por exemplo, a qualidade da urbanização. Será que as habitações em que moram os brasileiros situam-se em locais onde há boa qualidade urbana, isto é, além dos básicos água e saneamento, fácil acesso ao local de trabalho e a espaços de lazer que não bares? Será que o grande crescimento do setor imobiliário brasileiro, nos últimos anos, contribuiu para reduzir a gritante diferença, em termos de qualidade urbana, entre brasileiros e, digamos, suecos?
Também devemos, é claro, nos comparar com outros povos que, em termos de “conforto público”, são ainda menos afortunados que nós; afinal, o planeta é um só. É fácil perceber, também, que esses indicadores nos dizem mais, muito mais, em termos de qualidade de vida – e de governantes – do que o velho e moribundo conceito de PIB. Além disso, a corrida por melhores posições em tal lista faria muito mais sentido do que a irracional e destrutiva ânsia de fazer crescer o PIB.
          Um ponto de extrema importância a se considerar, porém, é que uma diferença fundamental entre os países “desenvolvidos” e os “subdesenvolvidos”, ou “emergentes”, é que nos primeiros o “conforto público”, ainda que de difícil quantificação, é muito maior que nos outros. Afinal, é nos países “desenvolvidos” que a educação, as cidades, a saúde, o transporte, a sinalização, etc., são muito mais “confortáveis” que nos subdesenvolvidos. Ou seja, muito mais importante do que sermos a “sexta maior economia do Planeta”, ou saber que o crescimento do PIB no trimestre foi alto ou baixo, é tentarmos alcançar posições mais elevadas nas diversas escalas possíveis de avaliação dos vários índices possíveis de conforto da população.

* Eduardo Fernandez Silva. Mestre em Economia, ex-professor da UFMG, da FGV-BSB, da UCB e do IESB. Foi técnico da Fundação João Pinheiro e secretário adjunto do Trabalho e Ação Social e de Assuntos Metropolitanos, em Minas Gerais. Primeiro diretor-geral do Sest-Senat, é autor de diversas publicações e consultor legislativo da Câmara dos Deputados.

Outros textos de Eduardo Fernandez.

(Postado em congressoemfoco.com.br)