FOGUETÓRIO

Na Holanda, é proibido soltar fogos de artifício, que só são permitidos na véspera do ano novo. Ai de quem soltar um rojão, ou o que seja, sem ser no réveillon, porque vai pra cadeia, com certeza. Em estádio de futebol e outros eventos, então, jamais. Pois é, país de primeiro mundo, né? Foguetório é coisa de gentalha.

Em SSCaí, até a prefeitura patrocina eventos com foguetório, dando muito mau exemplo. Daí, todos se acham no direito de, a qualquer pretexto, encher o saco dos outros. Aliás, no pensamento deles, isso só incomoda os cachorros e eles não estão nem aí. Besteira. Eu odeio foguetes e rojões e sei de MUITA GENTE que também odeia, contrariando esses idiotas.

Para acabar com a ignorância dessas pessoas, informo que MILHARES DE PÁSSAROS morrem por causa da barulheira, que, comprovadamente, perturba a saúde dos idosos, com o aumento da pressão arterial, e dos bebês, provocando choro e até vômitos. Viram? Não só os cachorros sofrem. Pelo jeito, esses “fogueteiros” odeiam gente também!!!

CAÇADOR BOM É CAÇADOR MORTO.

CARROCEIRO BOM É CARROCEIRO MORTO.

DEUS CRIOU OS PÁSSAROS, A MALDADE HUMANA INVENTOU A GAIOLA.

“Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado." (Elie Wiesel)

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." (Rui Barbosa)

"Existe 1 pessoa para fazer o bem, 10 para fazer o mal e 100 para criticar/atrapalhar quem faz o bem."

É PORQUE SOU TÃO TEIMOSA QUE INSISTO EM MUDAR O MUNDO."

(Mercedes Soza)

27 de março de 2012

Como carregar um cão de maneira correta 

VOCÊ SABIA QUE CARREGAR UM CÃO DE GRANDE PORTE (OU PESADO) APOIANDO NO ABDÔMEM PODE CAUSAR LESÕES NOS ÓRGÃOS INTERNOS DESTE ANIMAL?

SE FOR UMA CADELA GRÁVIDA, TENHA CUIDADO REDOBRADO.
FIQUE ATENTO NAS PET SHOPS, NA HORA DO BANHO, SE VER O SEU OU OUTRO ANIMAL DE GRANDE PORTE SENDO ERGUIDO PELO ABDÔMEM. CHAME A ATENÇÃO E ENSINE A FORMA CORRETA.

          Saiba a forma correta de carregar/levantar no colo seu grande amigo grande.

          Donos de cães de grande porte esbarram sempre num problema que é a necessidade de carregar/levantar/mover seu amigo numa determinada situação, por exemplo, a mais comum, numa visita ao veterinário. Sendo grandes e pesados, esses cães requerem uma forma cuidadosa e especial de manejo.
          Outra situação comum é o banho. Já percebi que não posso deixar a Clara ir ao banho na petshop sozinha. Invariavelmente, sempre levantavam minha Labrador segurando pela barriga .E lá ia ela "pendurada" pela barriga tomar seu banho. Tenho sempre que estar presente para orientar.
          Se você tiver um cão de grande porte e precisar levá-lo ao banho, por exemplo, fique atento a esse detalhe. Levantar um cão grande e pesado pela barriga é, além de extremamente desconfortável para o animal (imagine se você fosse suspenso por uma corda tendo todo o peso do seu corpo apoiado na sua barriga...), muito perigoso, pois pode causar lesões sérias nos órgãos internos, como a ruptura de alças intestinais (o mais comum).
          Se sua cadela de grande porte estiver grávida, REDOBRE a sua atenção. Apoiá-la pela barriga poderá causar danos perigosos e irreparáveis.
          Tenha sempre muito cuidado ao manejar qualquer cão, de qualquer tamanho.
          E isso acontece com cães de raças e tamanhos variados, qualquer cão. Use sempre seu bom senso.
          E lembre-se que quanto mais pesado for o cão, maior poderá ser o dano causado.

Postado por DENISE DECHEN


26 de março de 2012

O Touro Que Chorou

          Sabendo que iria ser morto, um touro, em Hong Kong, fez o que a maioria das pessoas falha em perceber ou são céticas em acreditar quando se trata de animais: demonstrou emoção.
          Como reportado pela “Weekly World News”, um grupo de trabalhadores levavam um touro para o abatedouro. Eles estavam prestes a matá-lo para fazer bifes. Quando estavam perto da porta da entrada do abatedouro o triste touro de repente parou de andar e se ajoelhou em suas pernas dianteiras. O touro estava... chorando.
          Como ele podia saber que seria morto, antes mesmo de entrar no abatedouro? Mr. Shiu, um açougueiro, relembra: “Quando vi este animal que dizem ser ‘estúpido’ soluçando e com seus olhos amedrontados e tristes, eu comecei a tremer”. Chamei os outros para verem. Eles estavam tão surpresos quanto eu. Nós continuamos a puxar o touro, mas ele não se movia e ficou sentado lá chorando.”
          Billy Fong, dono da fábrica, disse: “As pessoas acham que os animais não choram como os humanos. Entretanto, aquele touro soluçava feito uma criança.” Nessa altura, mais de 10 homens presenciavam a cena e todos estavam emocionados. Aqueles responsáveis por matá-lo se sentiram ainda mais tocados e choraram também.
          Outros trabalhadores da fábrica também vieram ver o touro que chorava. O local estava repleto de pessoas. Estavam todos chocados com a cena. Três disseram que não iriam esquecer da cena quando matassem outros animais.
          Com ambos, homem e animal, chorando, todos sabiam que ninguém poderia matar o touro. Mas o problema era: O que eles fariam com ele? No final, levantaram fundos para comprar o touro e enviá-lo a um templo, onde os monges cuidariam dele pelo resto da vida.
          Após a decisão dos trabalhadores, um milagre aconteceu. Um trabalhador disse: “Quando prometemos ao touro que não iríamos matá-lo, ele começou a andar e nos seguiu.”
          Como ele pôde entender as palavras deles?
          Mr. Shiu disse: “Acredite. Foi real, embora pareça inacreditável”. Sem sombra de dúvida, esse touro mudou a vida dos açougueiros.
          Tomara que esta estória também mude a sua.


20 de março de 2012

CARTA ABERTA

Ao
Excelentíssimo Senhor
PAULO PAIM
DD Senador da República Federativa do Brasil
Brasília – DF

          Senhor Senador,

          Senador Paulo Paim, eu gostaria de iniciar este texto, tecendo elogios à sua pessoa, porém, a sua atuação à frente da causa dos aposentados, pensionistas, trabalhadores da ativa e contribuintes autônomos, infelizmente, não está a merecer tal tratamento. O senhor durante todo esse tempo tem jogado para a torcida e não para o nosso time.
          O senhor se lançou como nosso defensor, porém, é um “petista de carteirinha”, partido que nos tem prejudicado bastante. O senhor há de dizer: Mas eu consegui a aprovação no Senado dos PL’s 01/07, 3299/08 e 4434/08; eu faço discursos inflamados no Senado; eu criei e participei de vigílias no Senado para defendê-los; eu dou entrevistas reivindicando melhorias para a classe. Respondo-lhe: Tudo muito bem, o senhor realmente fez tudo isto, mas o que nós ganhamos com isso? Até agora, somente acumulamos perdas!
          Senador, faça uma autocrítica: O Congresso votou o reajuste de 2006, concedendo 16,67% para o salário mínimo e para os aposentados e pensionistas que recebem acima de um valor de referência. O Presidente Lula da Silva, o “defensor dos pobres”, vetou e só nos concedeu 5,1%; o Congresso derrubou o maldito fator previdenciário e novamente o “defensor dos pobres” vetou; os reajustes concedidos por esse governo, que maltrata tanto os aposentados e pensionistas, sempre são menores que os concedidos ao salário mínimo. Em todos esses casos, o senhor aparece como o paladino dos aposentados, prometendo derrubada de vetos e logo, logo se cala, aceitando mais um desprestígio, e nós continuamos acumulando perdas.
          O seu partido (minúscula mesmo), o PT, está no poder há nove anos. Durante esse período, acumulamos 37% de perdas em relação à variação que se concede ao mínimo. O seu mentor político, o ex-presidente Lula da Silva, lhe deu corda para agir, porém, não deixou que toda a sua ação tivesse qualquer utilidade prática. Parece que ele o autorizou a agir, porém, com a ressalva de que o seu trabalho não prosperaria. Isso está evidente, considerando que o senhor “luta, luta e  luta” e ninguém do partido e do governo lhe admoesta, e os resultados positivos para nós nunca aparecem. Quer dizer, faça a sua onda, fique bem com os “velhinhos”, que nós faremos o papel de carrascos. O pior é que o senhor sabe disso e não reage. Ora, em circunstâncias normais, qualquer pessoa de brios, vendo os seus ideais sendo boicotados por um partido que não lhe apoia, muito pelo contrário, lhe desmoraliza, tomaria a atitude mais coerente: Se desligaria desse partido e procuraria outro que lhe apoiasse integralmente. Exemplos foram dados: Heloísa Helena, Babá, Luciana Genro, Senador Flávio Arns.
          Parece que o senhor não se incomodou ou se incomoda com esse tratamento que lhe é dado pelo PT e continua usufruindo das benesses que a reeleição lhe propicia.
          Senador, o senhor se reelegeu à custa de uma bandeira de defesa dos aposentados e trabalhadores. O povo do Rio Grande do Sul, seu Estado, acreditou na sua falação e lhe concedeu uma reeleição que parecia que não iria se configurar. Não fosse a esperança que o senhor criou para os “velhinhos”, com a dita bandeira, a sua reeleição estaria comprometida.
          Veio a aprovação da LDO para 2012 e novamente o seu partido e o seu governo saíram vencedores, e nós, derrotados. Esse governo cruel e insensível para com os aposentados e trabalhadores concedeu 14,13% de reajuste para o salário mínimo e para nós somente 6,08%, nem a inflação nos foi reposta. Ao mesmo orçamento, ao qual o governo dizia não dispor de verbas para os aposentados, os Senadores aprovaram, sem nenhuma restrição, mais de R$ 18 bilhões em renúncias previdenciárias, valor este subestimado na prática e que não há quem com bom senso aceite que aquilo não passa de concessões, muitas das quais corporativistas, que deveriam estar ao encargo do Orçamento Fiscal e não ao da Seguridade. O Congresso tornou-se plenamente adepto e conluio à prática da bandeira do neoliberalismo que veem falidos todos os sistemas socioeconômicos no mundo? O senhor apareceu em todos os noticiários a respeito, dizendo-se defensor do mesmo percentual para reajuste de todos os integrantes de um mesmo regime previdenciário. Novamente, o PT e o governo saíram vencedores. Mais uma defasagem para somar às perdas já existentes. Mais uma vez, o senhor saiu derrotado pelos seus companheiros de partido e de governo. Isto não lhe incomoda, ou o senhor já está vacinado para suportar tanto desprestígio?
          Dizem que, se conselho fosse bom, não seria dado, seria vendido! Mas eu, no alto dos meus setenta anos de idade, ouso em lhe dizer: “Seria mais honroso para o senhor, sair desse partido que lhe tem acumulado tanto desprestígio. Vá para outra agremiação que lhe dê prestígio e consideração!” Aí, o senhor estará demonstrando desprendimento e respeito a si próprio.
          Senador Paim, eu já fiz outras cartas elogiosas à sua pessoa, quando acreditava que a sua atuação em nosso favor era pra valer, porém, hoje as evidências demonstram que não devo mais me iludir. O comportamento do político brasileiro é sempre o mesmo: O povo é só um detalhe! O PT é um partido castrador e o senhor se rendeu a esse jugo. É profundamente lamentável. Cuidado Senador, oito anos passam depressa, um já se foi. O povo está tomando consciência dos seus direitos e já não mais se engana como antigamente. A imprensa e a internet estão aí para alertar aos eleitores e ao povo em geral.
          Fica aqui mais um protesto de um aposentado que já não mais acredita nos seus ditos “representantes”.

Belém-PA, 02 de fevereiro de 2012.

Odoaldo Vasconcelos Passos
Aposentado/Belém-PA

15 de março de 2012

ROSEBUD

          Seguidamente, comento o quão importante é viver num Estado Democrático de Direito e com uma imprensa livre, onde todos possam manifestar suas opiniões, sejam elas quais forem.
          Não escondo ou disfarço nenhum conceito ideológico que possuo, muito antes pelo contrário. Considero-me eclético e respeito opiniões divergentes da minha, pois ninguém é o dono da verdade.
          Quem me acompanha sabe das minhas fortes e contundentes críticas tanto ao pistoleiro texano e, ainda bem, ex-presidente norte-americano, George W. Bush, o júnior, e seus aliados imperialistas. Como também não poupo criticas à esquerda “festiva” e arrogante representada por Fidel Castro, Hugo Chávez & Cia.
          Estes grupos “até” podem divergir ideologicamente, mas quando o assunto é “imprensa livre”, eles no fundo pensam a mesma coisa. Se o jornalista ou veículo de comunicação não for servil, ele de alguma maneira se torna inimigo do Estado, e por isto é perseguido de alguma maneira.
          Algumas não passam de perseguições “econômicas” mais criativas e menos drásticas, outras mais fortes, que levam estes “inimigos do Estado” até mesmo ao “paredón”, ou uma simples “queda” de uma escada “empurrado” por alguma bala certeira.
          O fato, a verdade verdadeira, é que a perseguição existe em todos os regimes e o alvo também é o mesmo: aqueles que “ousam” discordar da “verdade oficial”.
Reafirmo que só quem viveu durante regimes autoritários valoriza o quão importante é viver num Estado Democrático de Direito e com uma imprensa livre, onde todos possam manifestar suas opiniões.
          Os jornalistas investigativos, que se dedicam a elucidar ou denunciar casos de corrupção, crimes, etc., sofrem muitas pressões, correndo risco de vida a todo instante. Até mesmo àqueles que não trilham esta linha investigativa sofrem fortes pressões.
          O fato histórico é que a primeira vítima numa guerra, numa ditadura, ou na tentativa de manipular os fatos, é a verdade. A relatividade da verdade está presente em nossas vidas, em nossa história, em que “uma mentira cem vezes dita, torna-se verdade”.
          É a relatividade da verdade.

ROSEBUD II

          Ontem em comentei que só quem viveu durante regimes autoritários valoriza o quão importante é viver num Estado Democrático de Direito e com uma imprensa livre, onde todos possam manifestar suas opiniões.
          Lembrei um fato histórico de que a primeira vítima numa guerra, numa ditadura, ou na tentativa de manipular os fatos, é a verdade. A manipulação da mídia é uma forma ditatorial de imposição e pode ser executada pelo poder das armas ou o econômico.
          Paul Joseph Goebbels, ministro do Povo e da Propaganda de Adolf Hitler (Propagandaminister) na Alemanha Nazista, exercia severo controle sobre as instituições educacionais e os meios de comunicação. É dele a famosa frase: “Uma mentira, cem vezes dita, torna-se verdade”.
          O célebre propagandista do nacional socialismo alemão faz escola até hoje, nos quatro cantos do mundo, influenciando e muito ex-democratas que hoje estão instalados no poder.
          Mentir sem nenhum pudor virou arma de propaganda de todas as ideologias.
Seguindo este raciocínio, reconheço que muitas vezes os grupos de comunicação em nosso país extrapolaram o sentido jornalístico da verdade e opinião clara, em proveito próprio, utilizando-se de seu poderio para “manipular” os fatos a seu favor. Aliás, este tipo de atitude não é exclusividade de grupos de comunicação tupiniquins.
          Vale lembrar o filme Cidadão Kane (Citizen Kane) dirigido por Orson Welles, supostamente baseado na vida do magnata do jornalismo William Randolph Hearst. Esta obra prima de Welles é considerada, até hoje, por grande parte da crítica especializada, o melhor filme da história. Assista aqui a um resumo em dez minutos do filme.

ROSEBUD III

          Ontem, lembrei o célebre propagandista do nacional socialismo alemão, Paul Joseph Goebbels. O ministro do Povo e da Propaganda de Adolf Hitler faz escola até hoje, nos quatro cantos do mundo.
          Ele é o autor da famosa frase: “uma mentira, cem vezes dita, torna-se verdade”. Como disse ontem, “mentir sem nenhum pudor virou arma de propaganda de todas as ideologias”.
          O filme Cidadão Kane, obra prima de Orson Welles é considerada até hoje, por grande parte da crítica especializada, como o melhor filme da história. Supostamente baseado na vida do magnata do jornalismo William Randolph Hearst, retrata uma situação que não é muito distante de fatos que conhecemos aqui no PATROPI.
          “Beyond Citizen Kane” (no Brasil chamado de “Muito Além do Cidadão Kane”) retrata situação similar e o poder da Rede Globo de Roberto Marinho. O filme é um documentário de televisão britânico de Simon Hartog, produzido em 1993 para o Canal 4 do Reino Unido.
          A obra detalha a posição dominante da Rede Globo na sociedade brasileira, debatendo a influência do grupo, seu poder e suas relações políticas.
          O ex-presidente e fundador da Rede Globo, Roberto Marinho, foi o principal alvo das críticas do documentário, sendo comparado a Charles Foster Kane, o personagem criado em 1941 por Orson Welles para “Cidadão Kane”.
          Segundo o documentário, a Rede Globo emprega a mesma manipulação grosseira de notícias para influenciar a opinião pública como fazia Kane no filme de Welles.
          O documentário acompanha o envolvimento e o apoio da emissora à ditadura militar, sua parceria ilegal com o grupo norte-americano “Time Warner” (naquela época, Time-Life). Além disso, expõe algumas práticas de manipulação da emissora de Marinho, incluindo o auxílio dado à tentativa de fraude nas eleições fluminenses de 1982 para impedir a vitória de “Leonel Brizola”.
          Entre outras manipulações, cita a cobertura tendenciosa do movimento das “Diretas-Já”, em 1984, quando a emissora noticiou um importante comício como um evento de comemoração do aniversário da cidade de São Paulo. A edição, para o Jornal Nacional, do debate do segundo turno das eleições presidenciais de 1989, de modo a favorecer o candidato Fernando Collor de Mello frente a Luís Inácio Lula da Silva, também é retratada no documentário.
          Sua primeira exibição pública no Brasil seria aconteceria em março de 1994 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ). Um dia antes da estreia, a Polícia Militar recebeu uma ordem judicial para apreender cartazes e a cópia do filme, ameaçando, em caso de desobediência, multar a administração do MAM-RJ. O secretário de Cultura da época acabou sendo demitido três dias depois.
          Durante os anos 1990, o filme foi mostrado em universidades e eventos sem anúncio público de partidos políticos. O filme teve acesso restrito a grupos universitários e só se tornou amplamente visto a partir do ano 2000, graças à popularização da internet.
          Assista aqui "Muito Além do Cidadão Kane" (Beyond Citizen Kane) - Vídeo completo em link do YouTube.

ROSEBUD IV

          Nos últimos dias estou me dedicando a mostrar, historicamente, as tentativas de usar a mídia com o intuito de manipular fatos, criando a verdade dos poderosos.
Só quem viveu durante regimes autoritários valoriza o quão importante é viver num Estado Democrático de Direito e com uma imprensa livre, onde todos possam manifestar suas opiniões.
          Lembrem-se: a primeira vítima numa guerra, numa ditadura, ou na tentativa de manipular os fatos, é a verdade.
          A manipulação da mídia é uma forma ditatorial de imposição e pode ser executada pelo poder das armas ou “sutilmente” usando o poder econômico.
          Antes da Rede Globo de Roberto Marinho, tivemos os “Diários Associados”, a “Rede Tupi” de Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, mais conhecido como Assis Chateaubriand, o Chatô, outro megaempresário da mídia que muito manipulou as informações em nosso país.
          No final da década de 1980, a Rede Record, que antes pertencia a Paulo Machado de Carvalho e Silvio Santos, foi comprada por Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
          Como já disse em outra oportunidade, ninguém é santo neste meio e, lamentavelmente, a Rede pertencente a IURD também não foge a esta regra. Volta e meia existem fortes escaramuças entre Globo e Record. Aliás, nesta guerra com a Record a Globo não está sozinha. Outros grupos também alfinetam e apresentam denúncias contundentes contra o grupo liderado pelo Bispo Edir Macedo.
          Mas vamos além... Como muito bem lembra-nos um leitor assíduo de nosso site, bem antes da Alemanha nacional-socialista, existia a Rússia Comunista, cujas técnicas foram brilhantemente abordadas por Eric Arthur Blair, mais conhecido como George Orwell, em seu Best-seller "1984".

ROSEBUD V

          Estou encerrando hoje esta série de comentários sobre liberdade de expressão e tentativa de manipulação das informações.
Mais uma vez chamo a atenção: a primeira vítima numa guerra, numa ditadura, ou na tentativa de manipular os fatos é a verdade. Mas vamos lá.
          Ontem lembrei o Best-seller "1984" escrito por Eric Arthur Blair, mais conhecido como George Orwell. O “Grande Irmão” (Big Brother), através de seu "Ministério da Verdade de Oceania", chegava a controlar o pensamento de seus cidadãos, usando-se das mais tenebrosas torturas físicas e mentais. Na obra nem tão ficcional de George Orwell, o Quarto 101 (em inglês, Room 101) era o pior lugar do mundo. Neste local, os indivíduos indesejáveis ao Estado totalitário são torturados, subjugados. Ali eles irão ter de se confrontar com aquilo a que têm maior aversão.
          No caso de Winston Smith, o personagem central da obra, são os ratos. Esta cruel exposição à sua maior aversão permite ao torturador atingir o objetivo de tornar Winston um indivíduo conivente com o status quo da sociedade doentia de 1984. Mas fora a tortura aos que de alguma maneira se rebelavam contra as doutrinas impostas pelo “Grande Irmão”, a verdade verdadeira tinha que ser destruída e reescrita de acordo com os interesses do Estado.
          Daí surgiu a Novilíngua (Novafala), com o objetivo de restringir o escopo do pensamento. Uma vez que as pessoas não pudessem se referir a algo, isso passava a não existir. Assim, por meio do controle sobre a linguagem, o governo torna-se capaz de controlar o pensamento das pessoas, impedindo que ideias indesejáveis viessem a surgir.
          Recentemente em nosso país, começou uma campanha de reescrever nossos dicionários, removendo dali palavras “indesejáveis”. Tudo começa por aí. Depois proibimos alguns livros, autores, filmes. Fazemos então algumas fogueiras. E por aí vai.
          Quem sabe reescrevemos a história e transformamos a seleção brasileira em campeã perpétua das Copas do Mundo. Piada, talvez, mas é assim que tudo começa. Em seguida, com o pensamento homogêneo e pasteurizado, e sem nenhuma oposição, eLLes se perpetuam no poder.
          Nunca esqueçamos as sábias palavras de George Owell: "Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente, controla o passado."

(Postado em ricardoorlandini.net)

13 de março de 2012

SOBREVIVENTE DE UM CAMPO DE CONCENTRAÇÃO NAZISTA EXPLICA POR QUE NÃO COMIA ANIMAIS

          Edgar Kupfer-Koberwitz foi um sobrevivente do campo de concentração Dachau. Em pedaços roubados de papéis de rascunho e com pedaços de lápis, ele manteve seu diário secreto, que veio à tona após ser libertado em 29 de abril de 1945:
          “Eu me recuso a comer animais porque eu não posso me alimentar do sofrimento e da morte de outras criaturas. Eu me recuso a fazer isso, porque eu mesmo sofri tão dolorosamente que eu consigo sentir as dores dos outros pela lembrança dos meus próprios sofrimentos. Eu sou feliz, ninguém me persegue; por que eu deveria perseguir outros seres ou causar-lhes sofrimento? Eu sou feliz, eu não sou um prisioneiro; por que eu devo transformar outras criaturas em prisioneiros e jogá-las em jaulas? Eu sou feliz, ninguém está me machucando; por que eu deveria machucar os outros ou permitir que sejam machucados? Eu sou feliz, ninguém me maltrata; ninguém vai me matar; por que eu deveria maltratar ou matar outras criaturas ou permitir que sejam maltratadas ou mortas para meu prazer e conveniência? Não é natural que eu não inflija a outras criaturas a mesma coisa que eu espero, e temo, nunca seja imposta a mim? Não é a coisa mais injusta fazer essas coisas aos outros sem nenhum propósito além do gozo de insignificante prazer físico, às custas de mortes e tormentos? Esses seres são menores e mais desprotegidos do que eu, mas você pode imaginar um homem racional, de sentimentos nobres, que se basearia nessas diferenças para afirmar o direito de abusar da fraqueza ou da inferioridade de outros? Você não acha que é justamente o dever do maior, do mais forte, do superior, de proteger a criatura mais fraca ao invés de matá-la? Eu quero agir de uma maneira nobre. Eu me lembro da horrível época da Inquisição e eu lamento constatar que o tempo dos tribunais dos hereges ainda não terminou; que todos os dias os homens cozinham em água fervente outros seres que lhes são entregues pelas mãos de torturadores. Eu fico horrorizado ao pensar que estes homens são pessoas civilizadas, não brutos bárbaros, não nativos. Mas, apesar de tudo, eles são apenas primitivamente civilizados, primitivamente adaptados ao seu meio cultural. O europeu médio, flutuando entre ideias eruditas e belos discursos, comete todos os tipos de crueldades com um sorriso nos lábios, não porque ele seja obrigado a fazer isso, mas porque ele quer fazê-lo. Não porque ele tenha perdido sua capacidade de refletir e compreender as terríveis coisas que ele está executando. Oh, não! Apenas porque ele não quer ver os fatos. De outra maneira ele seria interrompido e aborrecido no desfrute de seus prazeres.
          Considerando somente as necessidades, alguém pode, talvez, concordar com estas pessoas. Mas, será realmente uma necessidade? Esta tese pode ser contestada. Talvez exista algum tipo de necessidade para estas pessoas que ainda não evoluíram a personalidades conscientes. Eu não estou pregando para eles. Eu escrevo para você, para um indivíduo ainda atento, que racionalmente controla seus impulsos, que se sente responsável interna e externamente por seus atos, que sabe que nossa suprema corte está instalada em nossas consciências e que não há uma corte de apelação contra isso. Existe alguma necessidade que leve um homem totalmente consciente de si mesmo a respaldar uma matança? Em caso afirmativo, cada indivíduo tem que ter a coragem de fazê-la com suas próprias mãos. Esta é, evidentemente, uma covardia miserável: pagar a outras pessoas para sujarem suas mãos de sangue e abster-se do horror e da consternação de fazê-lo…
          Eu penso que os homens continuarão a ser mortos e torturados enquanto os animais forem mortos e torturados. Haverá guerras, também, porque matar precisa ser treinado e aperfeiçoado em pequenos objetos, moral e tecnicamente. Eu não vejo razão para me sentir ultrajado pelo que os outros estão fazendo, nem pelos pequenos ou grandes atos de violência e crueldade. Mas eu penso que já está mais do que na hora, de se sentir ultrajado por todos os pequenos e grandes atos de violência e crueldade que realizamos contra nós mesmos. E porque é mais fácil vencer as pequenas batalhas do que as grandes, eu penso que devemos tentar vencer primeiro nossas tendências às pequenas violências e crueldades, para evitar, ou melhor, para superá-las de forma final e definitiva. Então, o dia chegará, quando será fácil lutar e superar até mesmo as grandes crueldades. Mas nós ainda estamos adormecidos, todos nós, em hábitos e atitudes herdadas. Elas são como um molho suculento que nos ajuda a engolir nossa crueldade sem sentir seu amargo gosto.
          Este é o ponto: Eu quero crescer em um mundo melhor, onde uma lei maior conceda mais felicidade, em um mundo novo, onde o mandamento de Deus impere: ‘Amai-vos uns aos outros’.”

(Publicado em ViSta-se)

12 de março de 2012

NÚMERO 1765 - Um curta de Neshvad


          Neste curta-metragem de apenas 4 minutos, produzido em 2009, o francês Cyrus Neshvad convida o espectador a acompanhar o olhar de uma vaca prestes a ser abatida para consumo humano.
          O método de abate apresentado no curta é o mais “humano” possível, feito através de pistola pneumática. É o mesmo método defendido como indolor por organizações que dizem defender os animais.