Campanha da CIWF contra o governo egípcio.
A Ong CIWF
desenvolve um trabalho excepcional com referencia ao trato recebido pelos
animais usados na alimentação humana. Ela revela bastidores do que acontece em
fazendas, transportes, matadouros, abatedouros ... enfim, tudo que envolve a exploração
animal de "consumo".
A CIWF corre
atrás do transporte de animais, nossos inclusive, que são exportados para
países como Egito e outros mais, que abatem os bichos da pior maneira possível.
Já que em nosso país ainda não temos uma ONG temática a respeito, nossa
obrigação é sermos parceiros dela ao fortalecer seu trabalho.
Entrem neste link e assinem a carta que estão enviando para o
governo do Egito. A direção da ONG estava resistindo a publicar um vídeo com
imagens inacreditáveis sobre a maneira com que os animais são tratados naquele
país, mas, para fazer esta campanha resolveram colocar no site. CLIQUE PARA
VER. Aviso que são imagens bem fortes.
Agora, não
deixem de ler a TRADUÇÃO de parte do site da ONG, feito pela nossa colaboradora
lá de Londres, Áurea Abrantes, com todas as informações a respeito, inclusive,
da carta a ser enviada ao governo egípcio. É bom que todos saibam, principalmente
quem não sabe inglês, o que estão assinando e o quanto estão colaborando:
Compaixão
está pedindo ao FMI, OIE e à Comissão Européia para trabalharem juntos em questão
de urgência para ajudar os países em desenvolvimento para:
- Melhorar a infraestura dos abatedouros;
- Melhorar as práticas de trabalho;
- Providenciar treinamento efetivo;
- Reforçar a supervisão dos veterinários;
- Melhorar o gerenciamento de abatedouros;
- Incorporar os padrões da OIE na legislação doméstica, em
cada país signatário.
Recentemente,
a CIWF compareceu ao seminário da OIE (World Organization for Animal Health) e
levamos o filme "Um caminho para um futuro melhor?" para ser exibido.
Filme que relata o modo cruel e desumano com que os animais são tratados nos
abatedouros do Egito.
A CIWF
existe para combater a este tipo de atrocidade. Na década de 90, a CIWF fez
campanha para que os animais fossem legalmente reconhecidos como seres
sencientes - seres que tem capacidade para sentir e sofrer, e, portanto,
precisam de seu bem-estar protegido por lei. Isto pode parecer óbvio para os
nossos seguidores, mas levou-nos longos anos de campanha antes de sermos bem
sucedidos. Senciência animal é agora reconhecida por leis e diretrizes da OIE.
Então, por que abusos horríveis como esse continuam a acontecer?
Com frequência os animais de produção ainda são tratados
como meros produtos. O modelo predominante na agricultura em todo o mundo trata
os animais como insensíveis comodities.
Animais são vistos como "unidades de produção", cujo bem-estar é
muito menos importante do que a margem de lucro. O tratamento abusivo e cruel
de animais mostrados no vídeo demonstra o que esta concepção e atitude pode
provocar. Sem treinamento adequado das pessoas envolvidas diretamente com os
animais e sem supervisão, o resultado podem ser cenas de horror inimagináveis
como as que vemos.
Nosso
histórico mostra que nós podemos criar uma mudança real, mas a batalha será
longa e difícil. Na sequência, a nossa última solicitação de ajuda sobre esta
questão, mais de 24.000 e-mails foram enviados por simpatizantes da CIWF para a
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) pedindo uma atitude imediata para por
fim às atrocidades. Esta é uma resposta incrível. Muito obrigado. E hoje, após
muito ponderar, decidimos liberar as imagens chocantes do filme, pois
precisamos da sua ajuda, novamente, pelos animais.
Tradução da carta que será enviada para o embaixador do Egito:
Sua excelência,
O novo filme
da CIWF intitulado "Um caminho para um futuro melhor? - A necessidade de
implementação das recomendações da OIE sobre bem-estar animal", contém
imagens extremamente angustiantes do abate de animais no Egito.
Na verdade, o Chefe Executivo da CIWF, Philip Lymbery, diz
que é o filme mais angustiante que ele já viu em seus 20 anos ou mais,
trabalhando no campo do bem-estar animal.
O filme foi
rodado em três países - Egito, Turquia e Indonésia. As cenas do filme que
descrevemos abaixo foram todas tiradas no Egito:
- Vemos magarefes (carniceiros) cortando os tendões das
pernas do gado com uma faca, a fim de torná-los mais fáceis de controlar. O
gado é espancado na cabeça com uma grande barra de ferro. Em alguns casos, são
dados vários golpes antes que o animal sucumba, atordoado de modo que ele caia
no chão, ponto no qual a sua garganta é cortada.
Em alguns
matadouros egípcios os abatedores não realizam um corte adequado completo
através da garganta, que produziria uma morte mais rápida. Em vez disso,
simplesmente dão várias facadas no pescoço. Mesmo depois de vários golpes desse
tipo, os animais ainda permanecem de pé nas quatro pernas, enquanto sangram
lentamente pelo pescoço. Eventualmente - após vários minutos após a primeira
facada - eles finalmente colapsam no chão.
Vemos ainda
um camelo sendo abatido de modo tão descuidado que ele permanece em pé após o
corte da faca. Só depois de alguns minutos, eventualmente, ele é derrubado para
o chão. Finalmente vemos um bovino ser abatido na rua. Ele é cortado por três
homens armados com facas e leva um tempo extremamente longo e doloroso para
morrer.
Tudo o que é
apresentado no filme é uma violação das normas da OIE de bem-estar para o abate
de animais. Como membro da OIE, o Egito é obrigado a cumprir as suas normas.
Assim, apelo ao Egito para tomar medidas imediatas que assegurem que as
operações de abate sejam realizadas em conformidade com as normas da OIE, do
qual o Egito é signatário.
Respeitosamente.”
(Postado em ogritodobicho.com.br)
Observação: Não sei
porque não comentaram o abate que é feito aqui mesmo, no Brasil. É um horror,
de qualquer maneira. Ainda não apareceu um “cientista” para afirmar que os
animais não sentem nada, como ouço algumas pessoas comentarem. E se todos
sabem que eles, os animais, sentem o mesmo que nós, POR QUE AINDA ACEITAM QUE
ELES SEJAM MORTOS PARA SEREM COMIDOS ??? É uma hipocrisia generalizada. Acontece
com eles o mesmo que aconteceria se fossem humanos que estivessem naquela
situação. Por que acabaram com o “canibalismo”??? Por coerência, deveria ter
continuado. São dois pesos e uma medida???
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