FOGUETÓRIO

Na Holanda, é proibido soltar fogos de artifício, que só são permitidos na véspera do ano novo. Ai de quem soltar um rojão, ou o que seja, sem ser no réveillon, porque vai pra cadeia, com certeza. Em estádio de futebol e outros eventos, então, jamais. Pois é, país de primeiro mundo, né? Foguetório é coisa de gentalha.

Em SSCaí, até a prefeitura patrocina eventos com foguetório, dando muito mau exemplo. Daí, todos se acham no direito de, a qualquer pretexto, encher o saco dos outros. Aliás, no pensamento deles, isso só incomoda os cachorros e eles não estão nem aí. Besteira. Eu odeio foguetes e rojões e sei de MUITA GENTE que também odeia, contrariando esses idiotas.

Para acabar com a ignorância dessas pessoas, informo que MILHARES DE PÁSSAROS morrem por causa da barulheira, que, comprovadamente, perturba a saúde dos idosos, com o aumento da pressão arterial, e dos bebês, provocando choro e até vômitos. Viram? Não só os cachorros sofrem. Pelo jeito, esses “fogueteiros” odeiam gente também!!!

CAÇADOR BOM É CAÇADOR MORTO.

CARROCEIRO BOM É CARROCEIRO MORTO.

DEUS CRIOU OS PÁSSAROS, A MALDADE HUMANA INVENTOU A GAIOLA.

“Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado." (Elie Wiesel)

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." (Rui Barbosa)

"Existe 1 pessoa para fazer o bem, 10 para fazer o mal e 100 para criticar/atrapalhar quem faz o bem."

É PORQUE SOU TÃO TEIMOSA QUE INSISTO EM MUDAR O MUNDO."

(Mercedes Soza)

27 de abril de 2012

Sacolas plásticas são mais ecológicas que retornáveis e de papel, diz estudo.

          Para surpresa de muitos, um relatório da Agência do Meio Ambiente do governo britânico, divulgado pelo jornal "The Independent" no dia 27/02/2011, revelou que as sacolas plásticas de supermercado, que são fabricadas com polietileno de alta densidade (PEAD), causam menos impacto no meio ambiente do que sacos de papel ou sacolas retornáveis fabricadas com outras matérias-primas como tecido de algodão, conhecidas como “ecobags” ou sacolas ecológicas.
          Veja os detalhes revelados por este estudo nesta matéria “Saco plástico causa menos danos que ecobags, diz relatório”, publicada em 01/03/2011 pelo jornal Folha de São Paulo.
          Há quinze anos, escrevi um artigo para os jornais catarinenses condenando o abuso do consumo de sacolas plásticas nas compras de supermercado. Fui influenciado, em parte, pelo que observei nos supermercados dos EUA durante um período que fiquei lá, a serviço do Brasil.
          Não fazia idéia do que viria pela frente, que tema serviria apenas para as pessoas ganharem dinheiro e para a prática do marketing enganoso de algumas empresas. Foi uma decepção muito grande.
          Contudo, ao escrever o artigo, naquela época, eu tomei o cuidado de não propor a substituição por sacos de papel, por exemplo. Eu já havia percebido a irracionalidade desta proposta considerando a pressão que o setor industrial de papel e celulose exerce sobre os remanescentes de Mata Atlântica, aniquilando a biodiversidade, para plantar eucalipto, matéria prima na fabricação papel e, também, o trauma de infância de testemunhar a morte de um rio, que exalava um mau cheiro insuportável, devido ao lançamento de efluentes tóxicos de uma fábrica de papel.
          As sacolas feitas com material oxibiodegradável, que erroneamente são chamadas de ecológicas, é a pior solução. São mais poluentes do que as sacolas plásticas comuns. Trata-se de um material plástico que apenas se quebra em minúsculos pedaços (continua sendo plástico), contaminando para sempre o meio ambiente de forma mais agressiva porque libera outras substâncias químicas perigosas à saúde humana. Além disso, este material quando enterrado não se desintegra tão facilmente. É IMPORTADO e custa mais caro do que o material plástico do qual são feitas as sacolas tradicionais, que é produzido no Brasil, por centenas de pequenas empresas que geram milhares de empregos. Estão fazendo lobby para vereadores de todo Brasil aprovarem leis municipais que obriguem os supermercados e pequenos comerciantes a comprarem sacolas plásticas feitas com este material oxibiodegradável (que é importado), mais caras do que as sacolas plásticas tradicionais, com a propaganda enganosa de que são ecológicas. E quem vai pagar a conta? O consumidor, é claro.
           Outra matéria interessante sobre sacolas plásticas foi publicada no jornal norte-americano USATODAY, dia 16 de março de 2011, mostrando que as grandes redes de supermercados acabaram com os descontos como forma de estimular o uso das sacolas retornáveis após chegarem a conclusão que esta estratégia não funciona. Os comentários feitos pelos leitores norte-americanos foram tão interessantes e instigadores quanto à própria matéria. Um dos leitores, por exemplo, alerta que as sacolas retornáveis (“ecobags”) tornam-se anti-higiênicas, acumulam germes com pouco tempo de uso. E esta preocupação não é exagerada, principalmente aqui, no Brasil. Não é desprezível a chance de uma sacola retornável ser contaminada com a bactéria da leptospirose, por exemplo, que tem sido letal para muitas pessoas.
          Nesta matéria do USATODAY dá para entender como surgem estas campanhas inúteis de ajudar o meio ambiente sem reduzir o consumo, isto é, sem fazer nada, sem nenhum sacrifício, que acabam prejudicando ainda mais o meio ambiente. Muitas vezes, não é por má fé que estas campanhas são inventadas por alguém, mas pela visão muito limitada sobre as questões ambientais, sobre os verdadeiros impactos de cada matéria prima, por exemplo. No entanto, infelizmente, para a natureza não faz diferença se o dano causado foi feito com boas intenções ou não.
          Recomendo este vídeo do YouTube que de uma forma bem humorada diz tudo sobre as sacolas "ecológicas" (ecobags) ECOBAGS: Fui transformado em VERDE OTÁRIO - Made in Vietnã

Sacolas oxibiodegradáveis não são ecológicas

          Entrevista na íntegra de Germano Woehl Junior para um jornal de Santa Catarina em 31/08/2011 sobre leis que vereadores estão aprovando para favorecer a utilização de sacolas com plástico oxibiodegradáveis:

JORNALISTA - Qual sua opinião sobre esta lei aprovada em Guaramirim?

GERMANO - É uma lei absurda. Vai prejudicar ainda mais o meio ambiente e lesar o consumidor de Guaramirim que vai pagar a conta, porque as alternativas existentes são mais caras. Esta campanha contra as sacolas plásticas de supermercado são criticadas severamente por cientistas especialistas na área e ambientalistas do mundo inteiro. Surgiu na década de 80 nos Estado Unidos, a partir da campanha de marketing promovida por uma agência de publicidade, sem a preocupação de ter uma análise mais aprofundada de especialistas sobre este assunto.

JORNALISTA - Estas sacolas sugeridas, oxibiodegradáveis, são menos prejudiciais ao meio ambiente? Ou é o contrário?

GERMANO - As sacolas feitas com material oxibiodegradável não são ecológicas. Não é uma boa alternativa. Podem ser mais poluentes do que as sacolas plásticas comuns. Trata-se de um material plástico com um aditivo químico especial para se quebrar em minúsculos pedaços, que continuam sendo plástico, contaminando para sempre o meio ambiente, já que estes pedacinhos não poderão mais ser removidos tão facilmente de locais inapropriados. Além disso, este material quando enterrado não se desintegra tão facilmente. As sacolas plásticas comuns também se esfarelam quando ficam um certo tempo expostas ao sol.

JORNALISTA - Quais os prós e contras desta mudança?

GERMANO - O plástico do qual são feitas as sacolas comuns é um subproduto (resíduo) do refino do petróleo e vai para o meio ambiente de uma forma ou de outra. Portanto, não há nenhum ganho ambiental com a substituição. O plástico oxibibiodegradável é um material importado e custa mais caro que o material plástico do qual são feitas as sacolas comuns, que é produzido no Brasil, por centenas de pequenas empresas que geram milhares de empregos. Um estudo cientifico da agência de meio ambiente do governo britânico revelou que sacolas retornáveis, conhecidas como ecobags, feitas de qualquer tipo de material, incluindo tecido de algodão, também causam mais impacto ao meio ambiente do que as sacolas plásticas tradicionais, mesmo que usadas centenas de vezes. Pior: grandes redes de supermercado estão importando estas falsas sacolas “ecológicas” da China, provocando desemprego aqui, no Brasil.

JORNALISTA - Qual seria a melhor solução para acabar com o problema do lixo gerado pelas sacolas plásticas? É mesmo necessário extingui-las, na sua opinião?

GERMANO - O plástico está presente em quase tudo que usamos e descartamos. Não adianta nada se preocupar apenas com as sacolinhas de supermercado. Veja quanto plástico é usado para embalar os móveis, roupas, eletrodomésticos, produtos de supermercado como carne, leite, queijos, biscoitos, produtos de higiene etc. Além disso, as pessoas usam as sacolas plásticas para acondicionar o lixo orgânico. Quem se lembra da época quando só existiam sacolas de papel, deve lembrar também de uma cena comum, que hoje não vemos mais, de alimentos, cereais principalmente, derramados nas proximidades das saídas dos mercados, sobretudo nos dias chuvosos. O impacto ambiental para produzir um quilo de alimento (combustíveis e lubrificantes das máquinas agrícolas e transporte, fertilizantes, agrotóxicos, energia elétrica da secagem, armazenagem, moagem etc.) é muito maior do que o causado pelo descarte de milhares de sacolas plásticas em um aterro sanitário. E o prejuízo financeiro para o consumidor que teve a infelicidade do saco de papel arrebentar e perder o alimento que comprou? Uma embalagem feita de derivado de petróleo (plástico bolha, isopor etc.) causa impacto quando descartado, é claro. Mas os danos para o meio ambiente são muito maiores quando uma fruta ou um eletrodoméstico é perdido por ter sido mal acondicionado durante o transporte ou armazenagem. Há também a questão da boa higiene proporcionada pelos plásticos, que é uma solução barata de acondicionamento que garante alimentos seguros acessíveis para consumidores de todas as classes sociais.

(Postado por Germano Woehl Jr.)
Peter Singer
Uma filosofia para consertar o mundo

Grande ícone dos estudos filosóficos sobre o Utilitarismo - a defesa dos animais e a distribuição de renda - o australiano Peter Singer acredita na Filosofia como mediadora dos debates sobre os problemas éticos contemporâneos

Por Laura Talchin

          Figura de destaque nas questões que tangem a Filosofia do Utilitarismo e a defesa dos direitos dos animais, Peter Albert David Singer sempre está envolvido com conceitos filosóficos polêmicos da contemporaneidade. Conhecido por seu trabalho que segue a tradição dos utilitaristas clássicos, suas ideias sobre felicidade, benefícios e danos, interesses e sentimentos se fundam na crença da existência de uma forma de vida que responda à equação segundo a qual o resultado de qualquer ação teria que ser o menor dano causado para o menor número de seres. Australiano, Singer se formou na Universidade de Melbourne e, mais tarde, na Universidade de Oxford. Hoje é professor em Princeton, nos Estados Unidos, mas é também professor laureado na Universidade de Melbourne.
          Em sua grande obra Libertação Animal, lançada originalmente em 1975 (e publicada no Brasil em 2004), ele defende que animais também podem sentir dor. Tendo no movimento “Libertação Animal” – não por acaso com o mesmo nome de seu livro – uma de suas principais frentes de estudos e pesquisas, ele se esforça para chamar a atenção para os danos que humanos causam às outras espécies. Para Peter Singer, o mais importante é que o máximo número de seres vivos se beneficie sempre. A Vida Que Podemos Salvar: Agir agora para pôr fim à pobreza no mundo foi publicado no Brasil em 2011 e trata sobre um mundo de riqueza exagerada e pobreza extrema. Para Peter Singer, a Filosofia tem a capacidade de nos lembrar da moralidade para corrigir esse tipo de injustiça e viver melhor. Acredita na necessidade da participação de filósofos nos debates públicos e nas questões práticas e chegou até a se candidatar para o Senado pelo Partido Verde australiano, mas não foi eleito. Precisamos de políticos representativos preparados para defender os animais e toda a questão em torno deles. Talvez precisemos de alguém como um ombudsman.

FILOSOFIA ● Na tradição filosófica, os animais nunca foram considerados. Alguns pensadores como Tomás de Aquino e Aristóteles diziam que os animais deveriam servir o homem. Ultimamente, a Filosofia da Mente tem tratado questões como essa, com filósofos como Daniel Dennett, que abordam em seus estudos a cognição animal. Desde quando esse paradigma mudou e qual o espaço e os entraves que encontra no meio filosófico? Você acha que o espaço destinado aos animais na Filosofia hoje é suficiente?

Peter Albert David Singer ● Bem, está bem melhor agora que na época de Tomás de Aquino ou Aristóteles! Hoje em dia existem muitos trabalhos sobre animais em Filosofia e Política. E, além disso, agora há uma disciplina de “Estudos de Animais,” que estuda animais do ponto de vista de várias disciplinas, incluindo História, Letras, Sociologia, etc. (Haverá um grande congresso sobre esse assunto em Utrecht, na Holanda, em julho, chamado “Minding Animals.”) Mas é suficiente? Não, particularmente quando se considera o grande número de animais que seres humanos influenciam, em tantas maneiras diferentes, e o número de espécies com capacidades diferentes.
FILOSOFIA ● Você argumenta contra o Especismo e defende os direitos de igualdade e os direitos básicos para os animais. De que forma esses direitos deveriam ser assegurados?

Singer ● Precisamos que as pessoas sejam informadas sobre essas questões e de um sistema político que responda às preocupações públicas sobre os animais. Questionários com a opinião pública mostram uma forte oposição contra a crueldade com os animais, mas, no geral, as pessoas não são bem informadas sobre o que acontece a eles em lugares escondidos, em fazendas, laboratórios ou matadouros. Precisamos de mais informação, talvez por meio de instalação de webcans nos locais onde animais servem para propostas comerciais. E precisamos de políticos representativos preparados para defender os animais e toda a questão em torno deles. Talvez precisemos de alguém como um ombudsman de animais, algo como um cargo em setor público especificamente para proteção dos animais. Este é o tema do livro de um colega australiano, Siobhan O’Sullivan,Animals, Equality and Democracy.

FILOSOFIA ● A sua opinião sobre experimentos com animais é de que, não é que eles não devam ocorrer, mas que o benefício da pesquisa tem que ser maior do que os danos a eles. Como funciona essa equação, na sua visão, o que está errado com os experimentos na atualidade e como acha que deveria ser?

Singer ● O que está errado com experimentos atuais com animais é exatamente que o real valor dos danos não é devidamente considerado. Se fosse, jamais faríamos grande parte dos experimentos com animais que são hoje realizados, muitas vezes para resultados triviais, como o para testar a segurança de colorantes de comida, por exemplo.

FILOSOFIA ● Uma das suas obras famosas é Libertação Animal e você é bem conhecido pelo ativismo na área de direitos animais e por seu veganismo. Hoje em dia, muitas pessoas escolhem a comida orgânica e a carne de animais livres. Essa é uma alternativa eticamente viável?

Singer ● É certamente melhor para os animais a chamada comida orgânica do que a alimentação de carne, ovos e produtos lácteos industrializados. Mas a etiqueta do “orgânico” e até “orgânico e livre” não diz nada sobre como os animais são transportados e mortos. Um outro assunto com o qual deveríamos nos importar é sobre a “pegada de carbono” de nossa comida, e, nesse aspecto, os orgânicos não são sempre melhores que a comida industrializada. Na verdade, para a carne é pior! Isso é porque leva mais tempo para um gado engordar se está comendo grama no lugar de estar comendo grãos. Digerir a grama produz mais metano do que o grão, logo, um gado alimentado na indústria produz menos gás metano para o ambiente.

FILOSOFIA ● Você acha que é possível que animais em cativeiros possam ser tratados decentemente?

Singer ● Somente se os interesses dos animais forem priorizados, e não forem subordinados aos interesses dos humanos.

FILOSOFIA ● A Ciência e a Filosofia são complementares na navegação de questões polêmicas em Bioética, como o aborto e a eutanásia?

Singer ● Sim, são complementares. Mas aplicar a Ciência corretamente não significa responder aos problemas éticos. Por exemplo, no caso do aborto, a diferença entre as pessoas que são contra mulheres decidirem fazer um aborto e as que estão a favor disso, não é baseada em nenhuma declaração fatual. Poderíamos concordar que o feto é um ser humano vivo individual, mas ainda poderíamos negar que há direito à vida. O assunto moral do aborto se constrói na pergunta: quais características um ser tem que possuir para que seja considerado errado matá-lo? Como eu discuto em outro livro, Éticos Práticos, não acho que a resposta dessa pergunta possa ser, simplesmente, porque o ser é um membro da espécie Homo Sapiens.

FILOSOFIA ● No Brasil, há 7 anos está engavetada um decisão sobre o aborto de fetos anencéfalos. É um tema que leva em questão aspectos religiosos e tradicionais. Alguns filósofos citam a questão do aborto para além do certo e do errado. Como você acha que essa questão deveria ser tratada, então, de forma prática?

Singer ● Não, não transcende a questão de certo ou errado. No entanto, como digo em detalhes nos livros Practical Ethics, Rethinking Life and Death e Writings on an Ethical Life, não é errado abortar um feto antes de que ele possa sentir dor, o que é apenas possível depois de mais ou menos 20 semanas de gestação – ou seja, muito depois que a maioria de abortos são feitos. Mas, mesmo depois dessa etapa, na minha opinião, o aborto não é sempre errado. Caridade não seria um dever. Mas, de um ponto de vista utilitarista, devemos fazer aquilo que resulte nas melhores consequências para todos, e, então, seria errado não fazê-la.

FILOSOFIA ● Suas ideias sobre o ser humano e a Bioética vêm de um conceito filosófico que diz que a qualidade de vida tem importância fundamental. Os novos estudos da Neurologia e da Medicina influenciam suas ideias sobre Bioética? Por exemplo, existem pesquisas que mostram que é possível ter atividade neurológica em pessoas antes consideradas “vegetais”...

Singer ● A evidência mencionada diz somente algo sobre uma parte específica de minhas opiniões sobre o ser humano, neste exemplo, de como devemos lidar com uma pessoa em estado vegetativo persistente. Em alguns casos, podemos captar imagens do cérebro que mostram que o sistema nervoso central foi destruído, e, portanto, não pode haver nenhuma consciência. Além disso, vale mencionar que o fato de poder haver mais atividade neurológica do que era considerado anteriormente não quer dizer que exista uma qualidade de vida positiva. É melhor ter consciência, se alguém está deitado numa cama sem capacidade de comunicar-se de jeito nenhum, ou é melhor estar morto? Isso é uma pergunta ética muito difícil de responder.

FILOSOFIA ● O que as pessoas podem fazer para viver uma vida mais ética?

Singer ● Não existe apenas uma coisa a ser feita, a menos que falemos em termos bem genéricos, como: “Considere igualmente os interesses de todos os seres conscientes.” Mas eu acredito que qualquer pessoa pode deixar de comer carne, ou pelo menos não comprar produtos de animais criados em fazendas que servirão para produtos industrializados, e que de qualquer pessoa que possua mais dinheiro do que as suas necessidades básicas se exija que ela doe para uma organização que ajude outros que estão em pobreza extrema.

FILOSOFIA ● Aproveitando a sua resposta, o seu conceito de Utilitarismo é baseado na ideia de que as pessoas que convivem com o excedente têm uma obrigação moral em ajudar aqueles que vivem com necessidades. Você acha que os manifestantes do “Movimento Ocupe” estão seguindo na mesma linha? O seu conceito de Utilitarismo identifica-se com o slogan “Somos o 99% por cento” deste movimento?

Singer ● O Movimento Ocupe acredita que o 1% das pessoas tem muito poder e influência além de deter grande parcela da riqueza global, e com isso eu concordo. Mas o movimento, que começou nos Estados Unidos como uma manifestação contra os acordos especiais feitos para beneficiar esse 1% mais rico da população americana, não é claro. Ele não reconhece que, olhando para o mundo inteiro, uma divisão maior de americanos, europeus e outras pessoas influentes, estão pelo menos entre os 5% mais ricos; na verdade, muitos dos partidários do Movimento Ocupe fazem parte desse grupo. Assim sendo, eu não ouço muito sobre a obrigação desses 5% em ajudar os mais pobres em outras partes do mundo. Talvez eles concordassem comigo nesse ponto, se eles se dedicassem a isso. Espero que um dia alcancem esse objetivo.

FILOSOFIA ● Uma de suas propostas, dentro de seus estudos que abordam a desigualdade social, diz que todos os trabalhadores deveriam entregar 10% de sua renda para resolver o problema da pobreza. Você acha que essa proposta seria viável?

Singer ● Não, não acho que é viável, e, na verdade, não é o que recomendo exatamente. Se você ler A vida que podemos salvar [editora Gradiva, 2009], ou for ao site que mantenho, www.thelifeyoucansave.org, poderá constatar que, para 90% dos trabalhadores, recomendo uma percentagem menor que essa. Apenas para as 10% das pessoas mais ricas que recomendo que deem 10% ou mais. Acho que essas percentagens são viáveis e por isso recomendo esses níveis.

FILOSOFIA ● Qual é a diferença entre um dever e um ato de caridade?

Singer ● Para muitos conceitos morais, incluindo a moralidade convencional, existem os deveres, o que quer dizer que estamos errados se não os fizermos. Mas há também ações que nos fazem bem, embora não seja errado não fazê-las. Tipicamente, a caridade é vista como algo que faz bem, mas não é um dever, então, não é errado não fazê-la... por outro lado, em alguns conceitos religiosos, pagar o dízimo, ou dar um valor aos pobres, é um dever – por exemplo, 10% para muitos cristãos e judeus. Então, oferecer essa ajuda seria um dever para alguns enquanto para outros não seria. No entanto, de um ponto de vista utilitarista, devemos fazer aquilo que resulte nas melhores consequências para todos, e, então, seria errado não fazê-lo. Neste caso, a distinção entre um dever e um ato de caridade não existe mais. Não podemos dizer que temos uma vida ética enquanto temos acesso ao luxo e outros estão se esforçando para alimentar suas famílias e não têm condições básicas de saúde Mesmo para pessoas que não são utilitaristas, eu diria que, dada a grande diferença entre ricos e pobres, os ricos têm o dever de compartilhar parte da sua riqueza com os pobres. Não podemos declarar que estamos vivendo uma vida ética enquanto vivemos com luxo e outros estão se esforçando para alimentar suas famílias ou acabam assistindo suas crianças morrerem por não conseguirem ter condições básicas de saúde.

FILOSOFIA ● Seguindo a lógica de que é mais provável que pessoas ajudem quando o sofrimento é visível, as redes sociais estão ajudando a aliviar o sofrimento no mundo simplesmente porque expõem os problemas do mundo?

Singer ● Penso que pode estar ajudando, sim. Mas não tenho nenhuma evidência real disso, e fico relutante em falar sobre assuntos fatuais sem evidência.

FILOSOFIA ● Além de ser um filósofo, você é uma figura pública. O filósofo pode desempenhar esse papel duplo ou você sente que a sua filosofia não é muito bem compreendida na esfera pública?

Singer ● Acredito que filósofos podem e devem ter esse papel duplo. Se filósofos falam somente com outros filósofos, a Filosofia fica isolada do grande público. Particularmente na área da Ética, acredito ser mais importante ainda a participação de filósofos com seus argumentos para enriquecer o nível de debate público. O preço disso, como você sugere, é um risco de que nossas opiniões sejam deturpadas. Mas é possível reduzir esse risco por meio de uma posição clara. De qualquer maneira, esse é um preço que devemos estar preparados para pagar.

FILOSOFIA ● Você já pensou em entrar no setor público?

Singer ● Já, sim. Fiz campanha para o Parlamento australiano duas vezes nos anos 90, como candidato do Partido Verde, na Austrália. Mas não esperava ser eleito porque, na época, o Partido Verde nunca tinha vencido nas zonas onde estava concorrendo. Tive a maior votação que o partido conseguiu, até aquela ocasião, nas eleições para o Parlamento australiano. Estou feliz de dizer que, agora, o Partido Verde melhorou seu tamanho político na Austrália. Nesse momento, eles possuem muitas cadeiras no Senado e uma no Congresso, o que representa um equilíbrio de poder. Esse fato, com certeza, foi responsável pela aprovação da legislação para um imposto para emissões de carbono. Mas não lamento não ter sido eleito para o Parlamento. Logo depois da minha segunda tentativa aceitei o cargo de professor de Bioética na Universidade de Princeton e acredito que, em termos gerais, tenho mais influência como professor desta Universidade do que teria como senador australiano.

(Laura Talchin é americana, formada em Ciências Políticas pela Georgetown University. Atualmente, mora no Rio de Janeiro e desenvolve pesquisas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro sobre os conceitos de cidadania e o sistema de cotas raciais, com bolsa da Fulbright.
Universidade adquire um dos melhores simuladores de paciente do mundo

          Da Anhembi Morumbi | O Centro de Treinamento e Simulação em Ciências da Saúde da Anhembi Morumbi adquiriu o primeiro SimMan 3G da América Latina, um manequim de última geração que chora, sangra, convulsiona e responde a mais de 100 medicamentos.
          Desenvolvido pela instituição norueguesa Laerdal Medical of Nowway, o robô é capaz de responder a estímulos químicos, biológicos, radiológicos e nucleares, bem como simular inúmeras situações clínicas, tais quais ataques cardíacos, politraumatismos, descompensações respiratórias, entre outras (confira aqui todas as aplicabilidades do SimMan 3G).
          Para a profa. Dra. Ana Paula Quilici, coordenadora do Centro de Treinamento e Simulação e dos Laboratórios das Escolas de Ciências da Saúde, o robô é uma das melhores ferramentas de simulação do mundo e vem para facilitar, ainda mais, o aprendizado dos alunos da Universidade. “Este equipamento proporciona simulações cada vez mais próximas à realidade. Por utilizar a tecnologia wireless, podemos levá-lo para onde quisermos, facilitando muito a construção de diferentes cenários”, ressalta.
          O manequim integrará os ambientes de simulação da Universidade, dotados de softwares, robôs e outros equipamentos de última geração, promovendo cenários extremamente realistas para as necessidades educacionais dos estudantes das Escolas de Ciências da Saúde. Assim, os alunos têm a oportunidade de treinar e repetir os procedimentos quantas vezes foram necessárias, de forma a adquirir a prática plena para atuar de forma responsável e eficaz.

(Postado em ViSta-se)

Observação: Fica provado que não há necessidade de usar animais nas aulas de Medicina. Há alternativas viáveis. É só usar. Mas a PREGUIÇA de ter de se atualizar é maior, por isso, as faculdades de medicina ainda estão usando métodos ultrapassados e que causam dor, sofrimento e morte aos animais. ATUALIZEM-SE !!! Deixem de ser preguiçosos!!!

JUSTIÇA FEITA
Idoso de 77 anos é condenado na Argentina a 11 meses
de prisão por estuprar cadela

          Um idoso foi condenado a 11 meses de prisão por ter estuprado sua cadela na cidade de Toay, na província argentina de La Pampa, na região central, informou a Agência EFE.
          “Estou feliz com a decisão. Estamos recebendo ligações nos parabenizando de todo o país e, inclusive, de outros países”, contou à imprensa a advogada Ivalú Turnes, da Fundación Vidanimal, que denunciou os abusos cometidos por Justo Tobares, de 77 anos, contra seu animal de estimação.
          Para que a sentença seja cumprida com firmeza, o idoso não poderá se aproximar de animais e tampouco ter um animal doméstico, assim como não poderá tomar bebidas alcoólicas e portar armas.
          O juiz Daniel Sáez Zamora, responsável pelo caso, ouviu testemunhas que declararam ter visto o idoso maltratando a cadela e também o animal com sangramento após ter sido violado.
          Em 2009, Tobares cumpriu dois meses de prisão por tentativa de roubo de outro cachorro.

Suzana Netto

(Postado em Rede Bichos)

Observação: Êta coisa bem feita!!! Velho safado!!! Isso vem provar duas coisas: Nem todos os idosos são “bonzinhos” e quem abusa de animais não aprende, então, tem de proibir de ter outros animais e pronto!!! Isso é justiça.

26 de abril de 2012


          Em apenas 4 minutos, um menino de 10 anos, o norte-americano Ayden Elworthy, conseguiu contar de forma clara o que o ViSta-se tenta falar para as pessoas há quase cinco anos.
          Apenas a sensibilidade de uma criança poderia fazer um vídeo tão direto e tão simples: “Somos Apenas Diferentes”.




          Da Revista Época Negócios | A marca de cosméticos Lush cedeu a vitrine de sua loja na rua Regent Street, em Londres, para uma campanha contra produtos testados em animais. A empresa, que é conhecida por seu posicionamento ecológico e sustentável, organizou um “protesto” em parceria com a Humane Society International bastante chocante. Uma voluntária de 24 anos se submeteu a diversas práticas comuns em laboratórios de testes de produtos em animais ali, em uma das mais movimentadas ruas da capital britânica.
          A estudante de Oxford, Jacqueline Traide, permaneceu 10 horas na vitrine da loja. Ela foi forçada a comer, recebeu injeções, foi cobaia de testes de líquidos e cremes, teve seu cabelo raspado e sua boca esticada ao máximo por um aparelho de metal. “Espero plantar uma semente de consciência nas pessoas, para que elas realmente comecem a pensar sobre como os produtos são produzidos antes de comprá-los”, disse ela, que permaneceu muda durante todo o protesto.
          O protesto chamou bastante atenção de quem passava. Centenas de pessoas ficaram chocadas ao assistir à sessão de “tortura”, segundo reportagem do tabloide britânico “Daily Mail”. “O irônico é que se fosse um cachorro na vitrine e nós estivéssemos fazendo todas essas coisas com ele, em poucos minutos teríamos a polícia e a Organização Protetora dos Animais aqui”, disse o gerente de campanha da Lush, Tmsin Omond.
          A publicação destaca que, em muitos lugares do mundo, muitos animais estão passando pelos mesmos procedimentos e não recebem a devida atenção. “Apesar da prática ter sido proibida na União Europeia há três anos, ainda é legal na Grã-Bretanha receber produtos testados em animais que foram produzidos nos Estados Unidos ou no Canadá. Na China, inclusive, esses testes são exigidos por lei”, destaca Wendy Higgins, porta-voz da Humane Society International.
          Ela disse ainda que é “moralmente impensável” que as empresas de cosméticos continuem a lucrar a partir do sofrimento de outros seres e concluiu: “não existe nenhuma justificativa para submeter os animais à dor por causa da produção de batons e sombras”.

(Postado em ViSta-se)

23 de abril de 2012

RODEIO

          Vai sair a porcaria do rodeio em nossa cidade. Festa e festa!!! Com muitas coisas mais necessárias, a prefeitura vai gastar dinheiro em futilidades. (Ano eleitoral, né???) Pior, vai gastar em evento que, comprovadamente, é causa de maus tratos e crueldade contra os animais. Ou vocês pensam que ter o pescoço laçado e travado em corrida não é crueldade? O animal é puxado para trás, muitas vezes tem o seu pescoço partido, desnucado, sei lá. Pode? Tudo em nome de uma “tradição”, uma “cultura”, que não mais se justificam. Aliás, “divertimentos” que exploram os animais não mais se justificam. Que vão jogar futebol, vôlei, fazer piquenique, o que mais quiserem. Em nome da cultura e da tradição, que vão dançar, declamar poesias, cantar, acampar, contar piadas, tomar chimarrão, um monte de coisas “tradicionais” e “cultas” a serem feitas. Deixem os animais em paz!!!

16 de abril de 2012

ELEIÇÃO E REELEIÇÃO 

          Infelizmente, este ano tem eleição pra prefeito e vereadores. Mais um monte de dinheiro gasto e perdido. Mais mentiras atiradas na nossa cara. Mais gente querendo concorrer, sem ter a menor condição pra isso, por causa da sua ignorância. Mais puxa-saco puxando o saco dos candidatos, querendo saber a quem vai atacar pra arrancar alguma coisa (um dinheirinho pra pagar a luz e a água, uma carga de aterro, uma carga de tijolo, uma carteira de motorista, uma dentadura, a promessa de um “emprego” de CC na prefeitura, etc.). A criatividade é grande. É o eleitor brasileiro vendendo o seu voto. E nem se envergonha disso.
          O prefeito atual não fez nada, em três anos. Agora, no quarto ano, ano eleitoral, saiu a fazer de tudo. Distribuiu dinheiro público a varrer. “Pão e circo”. Até a maldição do rodeio vai desenterrar. Pensei que a cidade tivesse evoluído, pois há muitos anos não tem esse malfadado rodeio. Não adiantou. A caça aos votos foi mais forte. Afinal, são fatias do eleitorado que ele tem de agradar. Carnavalescos, gaudérios, festa e festa!!! E de-lhe atirar dinheiro pra cima!!! Se há dinheiro pra futilidades, não podem reclamar, embora estejam sempre choramingando que a prefeitura não tem. Acredite quem quiser. Eu, não.
          Pedem mais quatro anos pra fazer aquilo que não fizeram. Aproveitemos, pois é só neste ano, porque, depois da eleição, ganhe quem ganhar, só vai apresentar alguma “produção” no quarto ano de mandato. E assim por diante. Tá na moda.

NÃO REELEJA NINGUÉM !!!
ELES NÃO MERECEM !!!
PROMESSAS DE CAMPANHA NÃO FORAM CUMPRIDAS E JAMAIS O SERÃO!!! SEJA MAIS INTELIGENTE DO QUE OS POLÍTICOS, ANULE SEU VOTO !!!

CARNE HUMANA ERA VENDIDA À POPULAÇÃO

(Se preferir, confira diretamente no site Diário de Pernambuco, o maior do Estado: http://www.diariodepernambuco.com.br/vidaurbana/nota.asp?materia=20120413081645)

          O inquérito ainda não foi concluído, mas o trio investigado pela autoria de pelo menos oito assassinatos em série, praticados contra mulheres nas cidades pernambucanas de Garanhuns, Recife e Olinda e ainda na Paraíba e Rio Grande do Norte, devem ser indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, sequestro, falsidade ideológica e estelionato.
          No entanto, relatos feitos com frieza e riqueza de detalhes por Jorge Negromonte, Isabel Pereira e Bruna Cristina de Oliveira da Silva revelam uma face ainda mais cruel dos assassinatos e um crime contra a saúde pública, considerado hediondo pela Justiça: a carne das vítimas era ingerida pelos adultos e pela criança raptada pelo trio – que chegou a consumir a carne da própria mãe – e servia para o preparo de alimentos vendidos na cidade. Sem saber, moradores da cidade de Garanhuns, último ponto de parada dos suspeitos, também teriam praticado canibalismo.
          Os suspeitos contaram que desfiavam parte da carne das vítimas e transformavam em salgados, como coxinhas e empadas, para serem vendidos pelas ruas. Carnes humanas, temperadas, teriam sido encontradas em um freezer na residência dos suspeitos e levadas por populares que invadiram a casa na tarde da quarta-feira passada. Testemunhas afirmaram já ter visto e até comprado a comida sem saber que se tratava de restos mortais.
          Riscos – Deixando de lado a questão ética, os riscos da ingestão da carne humana, de acordo com a Vigilância Sanitária de Garanhuns, são os mesmos da ingestão de qualquer tipo de carne animal. “Toda carne tem que passar por análise para ser consumida. Se as mulheres apresentavam alguma patologia, essas doenças podem ser transmitidas, como acontece com qualquer animal”, diz a chefe da Vigilância Sanitária de Garanhuns, Catarina Pereira de Almeida.
          Orientações – Ela esclarece aos eventuais consumidores dos produtos vendidos pelo trio que, em princípio, não é necessário procurar serviços de saúde. “Caso essas pessoas apresentem vômito, diarreia ou dores abdominais devem procurar um médico para fazer exames”, afirma Catarina.
          Para o representante da Vigilância Sanitária estadual no município, Manoel Luiz de França, a falta de condições para a produção de alimentos, que pode ser comprovada pelas imagens feitas no imóvel dos assassinos, já são um indício de risco à saúde de quem consumiu os salgados: “De qualquer forma, toda manipulação de alimentos deve ser feita de maneira apropriada e o local com certeza não era adequado”.

Publicado em ViSta-se)

Observação: Ha! Ha! Ha! Carne humana não pode, né??? Isso é só o começo!!!

12 de abril de 2012

ELEIÇÃO – MÉTODO ECONÔMICO

          Tenho uma sugestão de processo eleitoral baratíssimo, que vai economizar bilhões para os cofres públicos: faz-se todas as eleições num só ano; marca-se um período para as inscrições dos políticos para os cargos pretendidos; marca-se a data; coloca-se os nomes dos candidatos em urnas, uma para cada cargo, e SORTEIA-SE os nomes, até que atinjam o número determinado. Pronto!!! Já imaginaram que ECONOMIA para o país???
          É o melhor método, sem sombra de dúvida. Por quê??? Porque não faz a menor diferença quem é a pessoa, qual é o partido. São todos iguais. Mesmo que seja minoria, na intenção de fazer alguma coisa realmente séria, um político é engolido pelos outros se não rezar pela mesma cartilha. Os trens têm de andar no mesmo trilho. Sacaram???

POPULARIDADE

          Não consigo acreditar nos altos níveis de aprovação da Presidente Dilma. Mais de 70%!!! É inacreditável MESMO !!!
          Pelo jeito, o “povinho” é fácil de enganar. O discurso do “prendo e arrebento” que ela pratica está funcionando, embora os olhos vejam outra coisa.
          Os bancos continuam fazendo tudo que querem. Não pagam impostos e ainda nos assaltam. Os subsídios e renúncias fiscais só crescem. Os sonegadores, também (ah! desculpem, os “inadimplentes”). Não existe mais “iniciativa privada” neste país. Todos os empresários dependem de dinheiro público para viver. O tal de SUS é a maior enganação que um governo já inventou e está sendo “aprimorado” todos os dias, pois mais e mais pessoas morrem, esperando a sua vez na fila interminável. Os professores ganham uma miséria, as escolas estão caindo, e ninguém cobra nada, cada um faz o que quer. Os bandidos estão mais atrevidos, estimulados por leis que se abrandam a cada dia. Em vez de construírem presídios, pelo menos em número que contemple a demanda, não, o negócio é soltar os presos e largá-los nos nossos colos, a gente é que aguente e arque com os prejuízos. A polícia está defasada, o judiciário não dá conta de nada, em vez de contratarem pessoal só fazem inventar firulas pra aumentar os seus ganhos.
          Praticamente não existem mais funcionários públicos neste país, somente cargos de confiança, terceirizados e estagiários. Depois que inventaram o “brigadiano temporário”, não duvido de mais nada. É muita cara-de-pau. Cadê o CONCURSO PÚBLICO para a contratação??? Não, é melhor achar vaga pros “amigos e correligionários”. É dose.
          Este ano tem eleição. O que mais vamos ouvir é sobre o TRIO MARAVILHA: Saúde, Educação e Segurança. Nenhum dos três existe. São uma ficção, apenas lembrados em ano eleitoral.
          Gente!!! Em vez de acreditar em tudo que os políticos dizem, olhem para os lados, olhem para os seus vizinhos, amigos e conhecidos, prestem atenção ao que sai na mídia. Cadê a saúde, a educação e a segurança??? Respondo: Em lugar nenhum, a não ser na boca dos políticos. Cai nessa conversa mole quem quer. Eu, não. Eu não voto mais, em ninguém.


EU NÃO SABIA !!!

          A Presidente Dilma também não sabe de nada, tal qual o ex-presidente Lula. Só fica sabendo quando o escândalo estoura na mídia. Daí, toma uma atitude, obrigada pelas circunstâncias. Não consigo acreditar que, durante anos, esses corruptos agiram nos vários níveis de governo, em vários órgãos públicos, e ninguém “notou” o que estavam fazendo. Precisou a mídia lançar ao vento a sujeira pra que todos se espantassem com os fatos. Da mesma forma, os PARTIDOS POLÍTICOS têm de ser responsabilizados pelos "candidatos" que colocam à disposição do eleitor e que já aprontaram e ainda aprontam muuuuuuito!!! É dose ter de aguentar essa gentalha.


4 de abril de 2012


ENTREVISTA COM MAC DANZING,
LUTADOR VEGANO DO UFC

A entrevista abaixo foi publicada originalmente no site Mens Fitness.

Mac, a sua trajetória como vegano começou em 1999, quando você decidiu tirar os lacticínios da sua alimentação. A que se deveu esta opção? Foi alguma alergia?
MD – Eu sempre pegava umas infecções auditivas e nunca detectava o problema. As alergias vão desenvolvendo-se à medida que vamos crescendo e podem tornar-se piores. Fiz alguma pesquisa e descobri que a alergia ao leite por vezes causa estes problemas. Foi aí que decidi cortar nos lacticínios e a partir daí não tive mais nenhum problema.

O que te levou a decidir deixar de comer carne?
MD - Quando tinha 16 anos, deixei de comer vaca e porco, chegou um momento em que eu queria minimizar o meu consumo de produtos animais. Eu sabia o que é a criação intensiva de animais e conhecia as teorias que comer carne não é saudável. No entanto, eu vivia com a ideia que se somos atletas, devemos comer proteína animal, por isso eu mantive o frango e o peixe na minha alimentação. Esta minha opção começou a deixar-me enojado e estava a um mês de uma luta, quando decidi que não poderia manter os produtos animais na minha alimentação! O meu treinador era vegan e foi ele que me ajudou a fazer a mudança. Não comer carne ajudou muito na preparação para esta luta.

Há mais algum vegan nos combates de MMA?
MD - O Jake Shields é vegetariano e tem muito sucesso. Mas que eu saiba o único que leva um estilo de vida vegan sou eu.

Você já mencionou anteriormente que não come muitos legumes e verduras. O que faz parte da tua alimentação?
MD - Como mais tipos de vegetais à medida que se aproxima um combate, porque preciso estar no meu melhor. No resto do tempo, alimento-me mais de grãos, tofu e fruta, quando se aproximam os combates começo a comer mais alimentos completos e uma variedade maior de vegetais.

Alguma vez você trapaceou sua filosofia e comeu produtos de origem animal?
MD - Nunca!

Você disse que é mais fácil manter a forma enquanto vegano. Isso acontece por que as comidas são por norma, não engordativas?
MD - Bem… quando não estou fazendo preparação para uma luta, sou bastante guloso e gosto de comer uns doces vegan, mas não sei explicar bem o que se passa. Deve estar relacionado com o sistema digestivo que é um pouco mais rápido quando seguimos uma dieta vegana. O que eu como não tem muito sódio, por isso não retenho muita água. Preciso de apenas 3 semanas para reduzir o meu peso de 77 para 70 quilos. Nas três semanas que antecedem os combates elimino a comida artificial e começo a vigiar as calorias. Mesmo treinando 3 vezes por dia mantenho as 3000 calorias diárias, duas semanas depois reduzo para 2000 e na semana que antecede para 1800 por dia.

Como você começou a lutar?
MD - Eu assistia aos primeiros UFC e era um grande fã. Nasci em Cleveland e cresci em Pittsburgh, com uma passagem breve pela Virgínia. Eu gostava de ver as lutas, mas nunca tinha oportunidade para treinar, até que um rapaz que treinava jiu-jitsu se mudou para a minha região e começamos a treinar juntos. Comecei a lutar como amador em menos de um ano. Em 2002 decidi mudar-me para a Califórnia com um amigo. Queríamos treinar “Team Punishment” com o Tito Ortiz, mas acabamos trinando “RAW”.

Como você chegou ao UFC?
MD - Os produtores já me conheciam e queriam que eu fizesse parte do espetáculo. Convidaram-me a ir a Las Vegas e fizeram uma entrevista para tentar perceber como eu era em termos de personalidade.

E você os deixou contentes?
MD - Alguns dos concorrentes estavam intimidados, pela falta de experiência que tinham. Há muitos que abandonam o espetáculo, mas que têm muito potencial, e que agora estão no UFC, lutando com lutadores top.

Qual é o teu plano de treinos, atualmente?
MD - Faço musculação, flexões e elevações. Mas hoje em dia a maior parte do meu treino é baseado em luta corpo a corpo. Sou geneticamente bem dotado fisicamente.

O que tens a dizer sobre aquelas pessoas que dizem que o estrogênio da soja faz crescer as mamas aos homens e causa problemas de ereção?
MD - Eu acho uma certa piada. A minha alimentação tem bastante produtos à base de soja e até agora nenhum desses sintomas se manifestou em mim. Conheço muitas pessoas que tomavam testosterona e que ganharam ginecomastia. Se a testosterona faz o teu corpo produzir mais estrogênio, porque que eu iria querer consumir alguma coisa que aumentasse a minha testosterona? A reação do meu corpo será nivelar os valores. Eu nunca fui da opinião que precisamos de 2 gramas de proteína por 500gr de peso. Quando fiz a minha pesquisa descobri que o nosso corpo só absorve até uma determinada quantidade. Eu retenho cerca de 120 gramas por dia, o que é menos de meia grama por 500gr de peso corporal.

Você parece ser um cara tranquilo. O que você faz para se manter calmo?
MD - Eu treino sempre o mais duro possível e com as melhores pessoas que me rodeiam. Quando você sente que não treina o seu máximo possível, não consegue fazer render o seu treino e não dá o seu melhor. Também pratico meditação para conseguir controlar a ansiedade em frente a uma grande audiência.

Contra quem você gostaria de lutar?
MD - Apenas os melhores lutadores para quando a minha carreira terminar, eu poder dizer que lutei sempre contra os melhores, me torne campeão ou não. Nunca irei recusar uma luta. Preferiria lutar hoje com o BJ Penn do que com um grupo de lutadores medíocres.

E com pessoas que exploram animais, você lutaria com elas?
MD - (risos) Isto é um esporte para mim. Não é sobre empatias ou vontade de ser violento. Eu não daria a essas pessoas a satisfação de lutar com elas. Se tivesse que tomar conta de uma dessas pessoas preferiria que fosse num beco, com um taco de baseball (risos).

(Postado em ViSta-se)