FOGUETÓRIO

Na Holanda, é proibido soltar fogos de artifício, que só são permitidos na véspera do ano novo. Ai de quem soltar um rojão, ou o que seja, sem ser no réveillon, porque vai pra cadeia, com certeza. Em estádio de futebol e outros eventos, então, jamais. Pois é, país de primeiro mundo, né? Foguetório é coisa de gentalha.

Em SSCaí, até a prefeitura patrocina eventos com foguetório, dando muito mau exemplo. Daí, todos se acham no direito de, a qualquer pretexto, encher o saco dos outros. Aliás, no pensamento deles, isso só incomoda os cachorros e eles não estão nem aí. Besteira. Eu odeio foguetes e rojões e sei de MUITA GENTE que também odeia, contrariando esses idiotas.

Para acabar com a ignorância dessas pessoas, informo que MILHARES DE PÁSSAROS morrem por causa da barulheira, que, comprovadamente, perturba a saúde dos idosos, com o aumento da pressão arterial, e dos bebês, provocando choro e até vômitos. Viram? Não só os cachorros sofrem. Pelo jeito, esses “fogueteiros” odeiam gente também!!!

CAÇADOR BOM É CAÇADOR MORTO.

CARROCEIRO BOM É CARROCEIRO MORTO.

DEUS CRIOU OS PÁSSAROS, A MALDADE HUMANA INVENTOU A GAIOLA.

“Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado." (Elie Wiesel)

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." (Rui Barbosa)

"Existe 1 pessoa para fazer o bem, 10 para fazer o mal e 100 para criticar/atrapalhar quem faz o bem."

É PORQUE SOU TÃO TEIMOSA QUE INSISTO EM MUDAR O MUNDO."

(Mercedes Soza)

21 de março de 2013

Nossos hábitos, nossas escolhas

          O livro “Comer animais” (Editora Rocco), de Jonathan Safran Foer, está longe de ser um manifesto vegetariano. Começa com a avó judia do autor, na Segunda Guerra, fugindo dos nazistas, nas florestas da Europa: ela comia para continuar viva, “até a próxima oportunidade de comer”. E prossegue com uma cativante reflexão filosófica sobre nossos hábitos e nossas escolhas. Nos Estados Unidos, 50 anos mais tarde, conta Foer, “comíamos o que nos agradava. Nossos armários estavam cheios de comida comprada por pura extravagância, comida de gourmet, mais cara do que valia de fato, comida de que não precisávamos. E, quando o prazo de validade vencia, jogávamos fora sem cheirar. Comer era um ato despreocupado”.
          O nascimento de seu filho fez Foer repensar a relação com os alimentos e com os animais, a partir de uma terrível autocrítica. Por certo que o equilíbrio ecológico é feito de predadores que se devoram uns aos outros. Mas o homem é o único predador que tortura suas vítimas: nós outros, ditos civilizados, achamos normal galinhas espremidas em gaiolas exíguas, bovinos, suínos e outros submetidos ao confinamento e práticas dolorosas antes da morte. Além do tormento moral, o desperdício: apesar da crescente escassez de recursos, diz Foer, “optamos por consumir menos de 0,25% dos alimentos comestíveis conhecidos no planeta”.


          John Gray, que escreveu “Cachorros de Palha” (Straw Dogs, Record), lembra que Darwin mostrou que somos como os outros animais. Mas o homem é um predador insuperável. A destruição do mundo natural não é o resultado do capitalismo global, da industrialização, da “civilização ocidental” ou de quaisquer falhas em nossas instituições: “É a consequência do sucesso evolucionário de um primata excepcionalmente rapace. Ao longo de toda a história e a pré-história, o avanço humano coincidiu com a devastação ecológica”. Em 1600, anota Gray, a população mundial era de cerca de meio bilhão: só na década de 1990, ela cresceu isso. Uma população aproximando-se dos oito bilhões só pode ser mantida devastando a Terra, com habitats selvagens usados para cultivo e habitação, florestas tropicais transformadas em desertos verdes, a engenharia genética produzindo colheitas cada vez mais abundantes extraídas de solos cada vez mais debilitados. Então, constata John Gray, “os humanos terão criado para si mesmos uma nova era, a Idade da Solidão, na qual pouco restará sobre a Terra além deles mesmos e do meio ambiente protético que os mantém vivos.”

(Postado em Anonymus Gourmet - clicrbs.com.br)

*** Pelo menos pra iniciar o pensamento.

Nenhum comentário: