Quem compra animais financia ‘gigolôs’ que vivem da exploração animal.
Não compre, adote.
Do site
da ONCA | No sábado, dia 15/12/2012, no centro de
Curitiba (PR), ONCA realizou um manifesto contra o comércio de animais,
apelando para que a população deixe de financiar a exploração animal e que,
aqueles que pudessem manter, que adotassem animais abandonados ou resgatados de
maus-tratos de abrigos ou entidades protetoras.
A ação foi
ilustrada com a performance de atores profissionais, que encenaram a comparação
entre a exploração humana e animal, sob um banner com o título: “Qual é a
diferença?”. O texto do banner completava: “Quem compra animais financia
‘gigolôs’ que vivem da exploração animal. Não compre, adote”.
A
performance, inédita até então, foi projetada pelo grupo especialmente para a
ocasião e a participação de atores profissionais colaboraram para uma encenação
que chamou a atenção do público que passava pelo local. Muitos entre os
transeuntes paravam para conversar com os ativistas e elogiavam a iniciativa,
apoiando a causa em não se comercializar animais.
Na
dramatização, um gigolô por hora oferecida suas mulheres exploradas ao público
e, por outras, oferecia filhotes de cães em uma gaiola com uma placa de
“Vende-se”, significando o lucro fácil que tais criadores têm de seus animais,
agindo como verdadeiros cafetões ou gigolôs de animais.
Faixas e
banners com dizeres como “Animal não é produto”, “Não compre, adote” e “Animais
não existem para nosso uso”, também fizeram parte da ação. Junto a isto, com o
trabalho de panfletagem com informativos próprios para a ocasião e abordagem
pessoal, os ativistas esclareciam sobre a cruel realidade vivida pelos animais
nestas verdadeiras “fábricas de filhotes”, que são usados para o comércio,
tanto das fêmeas “matrizes” –como são chamadas- que passam a vida sendo usadas
como produtoras de novas ninhadas, como pelos filhotes, que ou são vendidos
como mercadoria ou se não vendidos, são descartados, como produto dispensável.
Se poucas
pessoas conseguem imaginar o sofrimento dos filhotes, a grande maioria
desconhece totalmente a realidade vivida pelas fêmeas “matrizes”, que pode
muito bem ser comparada com a vida de uma mulher prostituída, confinada e
explorada. Tais cadelas são confinadas durante toda a sua vida, destinadas
exclusivamente a gerarem novas ninhadas, parto após parto. Após o nascimento de
cada ninhada, elas têm seus filhotes retirados com poucos dias de vida e são
induzidas a novo cio por meio de hormônios, para acelerar uma nova cruza. E
quando se tornam velhas -e pela idade deixam de procriar-, são descartadas.
E quanto aos filhotes que passam as primeiras semanas,
crescem e deixam de ser “engraçadinhos” ou “fofinhos” e não são vendidos? Que
destino as pessoas acreditam que terão? Um criador irá sustentar a cada ninhada
2, 3 ou 4 filhotes que não forem comercializados –animais que viverão por até
15 anos? Se fosse assim, os criadouros seriam inviáveis, pois teriam muito mais
prejuízo do que lucro. Mas é claro que essa prática não existe. Toda essa
triste realidade foi exposta ao público que compreendeu a importância de não
financiar tal comércio e de conscientizar a outros.
O manifesto,
que teve início às 10h, encerrou-se as 12h30min, com um resultado considerado
bastante positivo pelo grupo.
Os atores
também expressaram-se bastante satisfeitos por colaborar com a causa, que
consideraram importante de ser debatida. Uma equipe de audiovisual que fez a
cobertura da ação também elogiou a realização de todo o trabalho e afirmaram
contentamento em colaborar com a causa.
(Postado no site da ONCA Curitiba)
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