FOGUETÓRIO

Na Holanda, é proibido soltar fogos de artifício, que só são permitidos na véspera do ano novo. Ai de quem soltar um rojão, ou o que seja, sem ser no réveillon, porque vai pra cadeia, com certeza. Em estádio de futebol e outros eventos, então, jamais. Pois é, país de primeiro mundo, né? Foguetório é coisa de gentalha.

Em SSCaí, até a prefeitura patrocina eventos com foguetório, dando muito mau exemplo. Daí, todos se acham no direito de, a qualquer pretexto, encher o saco dos outros. Aliás, no pensamento deles, isso só incomoda os cachorros e eles não estão nem aí. Besteira. Eu odeio foguetes e rojões e sei de MUITA GENTE que também odeia, contrariando esses idiotas.

Para acabar com a ignorância dessas pessoas, informo que MILHARES DE PÁSSAROS morrem por causa da barulheira, que, comprovadamente, perturba a saúde dos idosos, com o aumento da pressão arterial, e dos bebês, provocando choro e até vômitos. Viram? Não só os cachorros sofrem. Pelo jeito, esses “fogueteiros” odeiam gente também!!!

CAÇADOR BOM É CAÇADOR MORTO.

CARROCEIRO BOM É CARROCEIRO MORTO.

DEUS CRIOU OS PÁSSAROS, A MALDADE HUMANA INVENTOU A GAIOLA.

“Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado." (Elie Wiesel)

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." (Rui Barbosa)

"Existe 1 pessoa para fazer o bem, 10 para fazer o mal e 100 para criticar/atrapalhar quem faz o bem."

É PORQUE SOU TÃO TEIMOSA QUE INSISTO EM MUDAR O MUNDO."

(Mercedes Soza)

29 de maio de 2012

A RELATIVIDADE DA VERDADE

          Lembro-me do tempo, e não faz muito, em que nada ou quase nada podíamos falar, e até mesmo pensar, pois a repressão e a censura corriam soltas.
          Para extravasar um pouco a (re)pressão, aguardávamos os programas humorísticos, que na sua crueza anárquica, tinha (e ainda tem), uma devastadora crítica da realidade.
          Balança Mas Não Cai, Viva o Gordo, O Planeta dos Homens, Chico City, TV Pirata. Estes são alguns programas que me vieram à lembrança e que sempre apresentavam personagens caricatos de uma realidade que não podia ser dita abertamente, mas na forma de humor era tolerada pelos censores.
          O deputado Justo Veríssimo é uma personagem criada pelo incomparável escritor e humorista Chico Anysio com o objetivo de reunir e encarnar o que existe de pior em um mau político. Corrupção, arrogância, venalidade, arbítrio, truculência. Mas Justo Veríssimo de Santo Cristo que possui ojeriza aos pobres, está um degrau acima de seus competidores de carne e osso: ao invés de tentar dissimular o caráter (ou a falta dele), o político assume o que é e defende de peito aberto suas ideias polêmicas. Tudo é relativo! Esta afirmação era feita pelo personagem que não tinha escrúpulos para também dizer que “Eu quero é que o povo se exploda!!!”
          O inventor da “corruptocracia”, o ficcional deputado criado pelo genial humorista Chico Anysio, nos chama a atenção sobre a impunidade que assola nosso país.
          Amparados por esta chaga nacional, a impunidade, associada a pouca memória do eleitor, vários destes “Justos” se locupletam há décadas com o que é do povo e, quando pegos em suas maracutaias, querem mudar os fatos, acusando a oposição e a imprensa de inventarem tais acontecimentos.
          Lembro-me que há alguns anos atrás, Pedro Collor, irmão do presidente da República revelou ao país o Esquema PC Farias, tornando-se o ponto de partida de um episódio que acabou na renúncia e posterior impeachment do hoje senador Fernando Collor de Mello.
          Naquela época, a Revista Veja serviu aos “interesses” da então esquerda oposicionista que foi às ruas para pedir a saída do antes Caçador de Marajás. Hoje esta mesma revista e outros tantos veículos de comunicação são acusados de “inventarem” o mensalão e tantos outros fatos.
          Difícil é assistir nosso ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado de Fernando Collor, José Sarney e Renan Calheiros acusando a imprensa por divulgar inverdades.
          Seria tudo mentira? Collor, Sarney e Renan, nada fizeram de errado? E quanto a Lula, se ele de nada sabia, como agora pode afirmar que tudo é mentira? E se José Dirceu era inocente, porque não mantê-lo em seu governo?
          Nesta segunda-feira (28), em São Paulo, durante o 5º Congresso Brasileiro da Comunicação o ministro Carlos Ayres Britto (STF) fez uma defesa veemente da liberdade de imprensa. “A metáfora de que a imprensa e a democracia são irmãs siamesas não é exagerada. É, de fato, um vínculo umbilical. Um laço que a democracia mantém com a plenitude de informação jornalística, a ponto de metaforicamente ainda uma vez, se se cortar esse cordão umbilical, o resultado é a morte das duas. Da imprensa e da democracia”.
          Quando ao “affair” envolvendo Lula, Gilmar Mendes e Nelson Jobim, uma verdade é inconteste, o trio consegue relativizar a verdade a seu favor.
          Quem sabe até mesmo este encontro nunca aconteceu! (sic)

Ricardo Orlandini
(Postado em ricardoorlandini.net)

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