FOGUETÓRIO

Na Holanda, é proibido soltar fogos de artifício, que só são permitidos na véspera do ano novo. Ai de quem soltar um rojão, ou o que seja, sem ser no réveillon, porque vai pra cadeia, com certeza. Em estádio de futebol e outros eventos, então, jamais. Pois é, país de primeiro mundo, né? Foguetório é coisa de gentalha.

Em SSCaí, até a prefeitura patrocina eventos com foguetório, dando muito mau exemplo. Daí, todos se acham no direito de, a qualquer pretexto, encher o saco dos outros. Aliás, no pensamento deles, isso só incomoda os cachorros e eles não estão nem aí. Besteira. Eu odeio foguetes e rojões e sei de MUITA GENTE que também odeia, contrariando esses idiotas.

Para acabar com a ignorância dessas pessoas, informo que MILHARES DE PÁSSAROS morrem por causa da barulheira, que, comprovadamente, perturba a saúde dos idosos, com o aumento da pressão arterial, e dos bebês, provocando choro e até vômitos. Viram? Não só os cachorros sofrem. Pelo jeito, esses “fogueteiros” odeiam gente também!!!

CAÇADOR BOM É CAÇADOR MORTO.

CARROCEIRO BOM É CARROCEIRO MORTO.

DEUS CRIOU OS PÁSSAROS, A MALDADE HUMANA INVENTOU A GAIOLA.

“Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado." (Elie Wiesel)

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." (Rui Barbosa)

"Existe 1 pessoa para fazer o bem, 10 para fazer o mal e 100 para criticar/atrapalhar quem faz o bem."

É PORQUE SOU TÃO TEIMOSA QUE INSISTO EM MUDAR O MUNDO."

(Mercedes Soza)

28 de maio de 2012

MAIS MENSALÃO

          A Revista Veja publicou na edição que começou a circular neste final de semana, que nosso ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pressionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para postergar o julgamento do caso do Mensalão.
          Segundo a revista, o ex-presidente ofereceu em troca blindagem ao ministro Gilmar Mendes na CPI do Cachoeira. O ministro do STF é citado nos grampos feitos pela Polícia Federal (PF) durante as investigações da Operação Monte Carlo. No entanto, segundo a Polícia Federal, Mendes faz parte das pessoas que, mesmo sendo citadas por membros do grupo de Cachoeira, não tinham envolvimento com o esquema comandado pelo bicheiro.
          Lula teria se encontrado com o ministro do STF Gilmar Mendes no mês passado pedindo que o julgamento só ocorresse depois das eleições. O ex-presidente teria afirmado ao ministro do STF que “é inconveniente julgar este processo agora”.
          Lembremos que entre os trinta e seis réus no mensalão está o “mui amigo” José Dirceu, considerado pelo Ministério Público Federal como “o chefe da quadrilha”.
          Mas como dizem por aí, nada disso aconteceu, é tudo “invenção” da imprensa.
          A reportagem da revista do Grupo Abril vai além ao dizer que Lula afirma ter “controle total” sobre a CPMI que investiga o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira e teria insinuado que Gilmar Mendes teria que dar explicações sobre uma viagem que fez a Berlim (Alemanha) aludindo a boatos sobre um encontro do ministro do STF com o senador Demóstenes Torres na capital alemã, supostamente paga por Carlos Cachoeira.
          O ministro Gilmar Mendes disse à Veja: “Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula”.
          O ex-presidente teria também dito a Gilmar Mendes que o ministro José Antonio Dias Toffoli, indicado por Lula ao STF, tem obrigação de participar do julgamento. Toffoli foi assessor de José Dirceu e do PT, o que, teoricamente, o deixaria impedido de participar do julgamento.
Mas vamos lá: Este encontro ocorreu no escritório do ex-ministro da Defesa Nelson Jobim em Brasília. O ex-ministro de Lula nega que o ex-presidente Luiz Lula tenha pressionado de alguma maneira o ministro Gilmar Mendes, a adiar o julgamento do mensalão.
Segundo Jobim, "O Lula fez uma visita para mim, o Gilmar estava lá. Não houve conversa sobre o mensalão", reiterou.
          Jobim declarou ao Estadão, sem entrar em detalhes, que na conversa foram tratadas apenas questões "genéricas", "institucionais". E que em nenhum momento Gilmar e o ex-presidente estiveram sozinhos ou falaram na cozinha do escritório, como relatou Veja. "Tomamos um café na minha sala. O tempo todo foi dentro da minha sala, o Lula saiu antes, durante todo o tempo nós ficamos juntos", assegurou.
          Questionado se o ministro do Gilmar Mendes mentiu sobre a conversa, Jobim respondeu: "Não poderia emitir juízo sobre o que o Gilmar fez ou deixou de fazer".
Já o ministro do STF, Marco Aurélio Mello, declarou ao SBT neste final de semana que os ministros do STF não vão ceder a nenhum tipo de pressão na hora de julgar o mensalão, nem mesmo as pressões do ex-presidente Lula.
          Segundo o ministro “Ele (lula) atua como um cidadão comum e penso que, se ele realmente intercedeu neste sentido né, confundindo as coisas... o Supremo não é um sindicato”.
          Pinóquios e versões à parte, a verdade verdadeira e inconteste é que o “Mensalão” aconteceu. Uma série de provas foram levantadas pelas investigações da Polícia Federal e Ministério Público. Agora em agosto começa o julgamento dos 38 réus do escândalo que marcou a maior crise política do governo do ex-presidente Lula.
          Na semana passada, o presidente do STF, Ayres Britto, realizou uma sessão administrativa para concluir a formatação do julgamento. Por um acordo prévio entre os ministros, o mensalão deve ser julgado, em seis ou sete semanas seguidas, nas segundas, quartas e quintas-feiras. Nas simulações de datas de julgamento, Britto aposta em dois inícios: meados de junho ou início de agosto.
          Tentar mudar os fatos, negar o que aconteceu, é o mesmo que querer reescrever a história. Uma coisa foi tentar reeditar um impeachment em Lula, como aconteceu com Collor, outra é negar a existência das operações armadas pela “quadrilha” chefiada por José Dirceu.
          Não saber de nada é bem diferente de nada ter acontecido.
Como bem disse o ministro Marco Aurélio Mello, “o Supremo não é um sindicato”. Como diz o velho ditado popular, “para bom entendedor, meia palavra basta”.

Entenda as acusações contra cada um dos réus no processo:

          Abaixo a lista dos 40 réus na ação penal do mensalão - dos quais 36 foram acusados - e os crimes em que o Ministério Público quer condenar cada um dos envolvidos, com base nas alegações da Procuradoria-Geral da República.
          As penas, contudo, podem ser maiores do que as apresentadas abaixo, uma vez que o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, alegou que alguns dos réus incorreram mais de uma vez no mesmo delito:
Anderson Adauto (ex-ministro dos Transportes) – Corrupção ativa (dois a 12 anos de reclusão e multa) e lavagem de dinheiro (três a dez anos de reclusão e multa).
Anita Leocádia (ex-assessora do deputado Paulo Rocha) – Lavagem de dinheiro (três a dez anos de reclusão e multa).
Antônio Lamas (irmão de Jacinto Lamas) – A PGR pede sua absolvição por falta de provas.
Ayanna Tenório (ex-vice presidente do Banco Rural) – Responde pelo crime de gestão fraudulenta de instituição financeira (pena varia de três a 12 anos de reclusão e multa), lavagem de dinheiro (três a dez anos de reclusão e multa) e formação de quadrilha (um a três anos).
Breno Fischberg (ex-sócio da corretora Bônus-Banval) – A PGR quer sua condenação pelos crimes de formação de quadrilha (pena de um a três anos), lavagem de dinheiro (três a dez anos de reclusão e multa).
Carlos Alberto Quaglia (operador de câmbio) – A PGR quer sua condenação por formação de quadrilha (pena de um a três anos de reclusão). Ele também responde por incorrer sete vezes em crimes de lavagem de dinheiro (três a dez anos de reclusão e multa).
Carlos Alberto Rodrigues Pinto (bispo Rodrigues, ex-deputado) – Responde pelo crime de corrupção passiva (pena de dois a 12 anos e multa) e por lavagem de dinheiro (três a dez anos de reclusão e multa).
Cristiano Paz (ex-sócio de Marcos Valério) – A PGR quer sua condenação por dois crimes de corrupção ativa (dois a 12 anos de reclusão e multa), formação de quadrilha (um a três anos), evasão de divisa (dois a seis anos de reclusão), peculato (dois a 12 anos e multa) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos e multa).
Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT) – Responde por formação de quadrilha (uma a três anos e multa), e corrupção ativa (dois a 12 anos de detenção e multa).
Duda Mendonça (ex-marqueteiro do PT) – A PGR quer sua condenação pelos crimes de lavagem de dinheiro (três a dez anos de reclusão e multa) e evasão de divisas (dois a seis anos e multa).
Emerson Eloy Palmieri (ligado a Roberto Jefferson) – Incorreu, segundo o MP, nos crimes de corrupção passiva (dois a 12 anos de reclusão e multa) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos de detenção e multa).
Enivaldo Quadrado (dono da corretora Bônus-Banval) – Formação de quadrilha (dois a 12 anos de reclusão e multa) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa).
Geiza Dias (ex-funcionária de Marcos Valério) - Lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa), corrupção ativa (dois a 12 anos), formação de quadrilha (um a três anos), evasão de divisas (dois a seis anos de reclusão)
Henrique Pizzolato (ex-diretor de marketing do Banco do Brasil) – A PGR quer sua condenação pelos crimes de peculato (dois a 12 anos de reclusão e multa), corrupção passiva (dois a 12 anos e multa), lavagem de dinheiro (três a 10 anos e multa).
Jacinto Lamas (irmão de Antônio Lamas) - Formação de quadrilha (um a três anos de reclusão), lavagem de dinheiro (três a 10 anos e multa), corrupção passiva (dois a 12 anos e multa).
João Claudio Genu (ex-assessor da liderança do PP) - Formação de quadrilha (reclusão de um a três anos), corrupção passiva (dois a 12 anos e multa) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos e multa).
João Magno (ex-deputado PT-MG) - Lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa).
João Paulo Cunha (ex-presidente da Câmara) - Lavagem de dinheiro (três a 10 anos e multa), corrupção passiva (dois a 12 anos e multa) e peculato (dois a 12 anos e multa).
José Borba (ex-deputado PMDB-PR) - Corrupção passiva (dois a 12 anos e multa); Lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa).
José Dirceu (ex-ministro Chefe da Casa Civil) - Corrupção ativa (dois a 12 anos e multa), formação de quadrilha (um a três anos de reclusão).
José Genoino (Ex-presidente do PT) - Corrupção ativa (dois a 12 anos e multa); formação de quadrilha (um a três anos de reclusão).
José Janene – Falecido.
José Luiz Alves (ex-diretor financeiro do ministério dos Transportes) - Lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa).
José Salgado (ex-vice-presidente do Banco Rural) - Gestão fraudulenta (pena varia de três a 12 anos de reclusão e multa), lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa), formação de quadrilha (um a três anos de reclusão) e evasão de divisas
Kátia Rabello (ex-presidente do Banco Rural) - Gestão fraudulenta (três a 12 anos de reclusão e multa), lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa), formação de quadrilha (um a três anos de reclusão) e evasão de divisas (dois a seis anos de reclusão e multa).
Luiz Gushiken (ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República) – Absolvido pela PGR em suas alegações finais por falta de provas.
Marcos Valério (acusado de ser operador do esquema e dono de agências de publicidade) - Corrupção ativa (dois a 12 anos e multa); peculato (dois a 12 anos e multa), lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa), formação de quadrilha (um a três anos de reclusão) e evasão de divisas (dois a seis anos de reclusão e multa).
Paulo Rocha (ex-deputado PT-PA) - Lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa).
Pedro Corrêa (ex-presidente do PP) - Formação de quadrilha (um a três anos de reclusão), corrupção passiva (dois a 12 anos e multa) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa).
Pedro Henry (ex-deputado PP-MT) - Formação de quadrilha (um a três anos de reclusão), corrupção passiva (dois a 12 anos e multa) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa).
Professor Luizinho (ex-deputado pelo PT-SP) - Lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa).
Rámon Hollerbach (ex-sócio de Marcos Valério) - Corrupção ativa (dois a 12 anos e multa), peculato (dois a 12 anos e multa), lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa), formação de quadrilha (um a três anos de reclusão), evasão de divisas (dois a seis anos de reclusão e multa).
Roberto Jefferson (ex-deputado e delator do esquema) - Corrupção passiva (dois a 12 anos e multa) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa).
Rogério Tolentino (apontado pelo MP como sócio Marcos Valério) - Lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa), corrupção ativa (dois a 12 anos e multa) e formação de quadrilha (um a três anos de reclusão).
Romeu Queiroz (ex-deputado federal e atual deputado Estadual em Minas Gerais) - Corrupção passiva (dois a 12 anos e multa) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa).
Silvio Pereira (ex-secretário Geral do PT) – Está fora do processo pois fez acordo e cumpriu pena alternativa.
Simone Vasconcelos (ex-gerente financeira de uma das agências de Marcos Valério) - Lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa), corrupção ativa (dois a 12 anos e multa), formação de quadrilha (um a três anos de reclusão) e evasão de divisas (dois a seis anos de reclusão e multa).
Valdemar da Costa Neto (ex-presidente do PL) - Formação de quadrilha (um a três anos de reclusão), lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa) e corrupção passiva (dois a 12 anos e multa).
Vinícius Samarane (ex-diretor do Banco Rural) - Gestão fraudulenta (três a 12 anos de prisão e multa), lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa), formação de quadrilha (um a três anos de reclusão) e evasão de divisas (dois a seis anos de reclusão e multa).
Zilmar Fernandes (sócia de Duda Mendonça) - Lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa) e evasão de divisas (dois a seis anos de reclusão e multa).

Ricardo Orlandini
(Publicado em ricardoorlandini.net)

Nenhum comentário: