ROSEBUD
Seguidamente, comento o quão importante é viver num Estado Democrático de Direito e com uma imprensa livre, onde todos possam manifestar suas opiniões, sejam elas quais forem.
Não escondo ou disfarço nenhum conceito ideológico que possuo, muito antes pelo contrário. Considero-me eclético e respeito opiniões divergentes da minha, pois ninguém é o dono da verdade.
Quem me acompanha sabe das minhas fortes e contundentes críticas tanto ao pistoleiro texano e, ainda bem, ex-presidente norte-americano, George W. Bush, o júnior, e seus aliados imperialistas. Como também não poupo criticas à esquerda “festiva” e arrogante representada por Fidel Castro, Hugo Chávez & Cia.
Estes grupos “até” podem divergir ideologicamente, mas quando o assunto é “imprensa livre”, eles no fundo pensam a mesma coisa. Se o jornalista ou veículo de comunicação não for servil, ele de alguma maneira se torna inimigo do Estado, e por isto é perseguido de alguma maneira.
Algumas não passam de perseguições “econômicas” mais criativas e menos drásticas, outras mais fortes, que levam estes “inimigos do Estado” até mesmo ao “paredón”, ou uma simples “queda” de uma escada “empurrado” por alguma bala certeira.
O fato, a verdade verdadeira, é que a perseguição existe em todos os regimes e o alvo também é o mesmo: aqueles que “ousam” discordar da “verdade oficial”.
Reafirmo que só quem viveu durante regimes autoritários valoriza o quão importante é viver num Estado Democrático de Direito e com uma imprensa livre, onde todos possam manifestar suas opiniões.
Os jornalistas investigativos, que se dedicam a elucidar ou denunciar casos de corrupção, crimes, etc., sofrem muitas pressões, correndo risco de vida a todo instante. Até mesmo àqueles que não trilham esta linha investigativa sofrem fortes pressões.
O fato histórico é que a primeira vítima numa guerra, numa ditadura, ou na tentativa de manipular os fatos, é a verdade. A relatividade da verdade está presente em nossas vidas, em nossa história, em que “uma mentira cem vezes dita, torna-se verdade”.
É a relatividade da verdade.
ROSEBUD II
Ontem em comentei que só quem viveu durante regimes autoritários valoriza o quão importante é viver num Estado Democrático de Direito e com uma imprensa livre, onde todos possam manifestar suas opiniões.
Lembrei um fato histórico de que a primeira vítima numa guerra, numa ditadura, ou na tentativa de manipular os fatos, é a verdade. A manipulação da mídia é uma forma ditatorial de imposição e pode ser executada pelo poder das armas ou o econômico.
Paul Joseph Goebbels, ministro do Povo e da Propaganda de Adolf Hitler (Propagandaminister) na Alemanha Nazista, exercia severo controle sobre as instituições educacionais e os meios de comunicação. É dele a famosa frase: “Uma mentira, cem vezes dita, torna-se verdade”. O célebre propagandista do nacional socialismo alemão faz escola até hoje, nos quatro cantos do mundo, influenciando e muito ex-democratas que hoje estão instalados no poder.
Mentir sem nenhum pudor virou arma de propaganda de todas as ideologias.
Seguindo este raciocínio, reconheço que muitas vezes os grupos de comunicação em nosso país extrapolaram o sentido jornalístico da verdade e opinião clara, em proveito próprio, utilizando-se de seu poderio para “manipular” os fatos a seu favor. Aliás, este tipo de atitude não é exclusividade de grupos de comunicação tupiniquins.
ROSEBUD III
Ontem, lembrei o célebre propagandista do nacional socialismo alemão, Paul Joseph Goebbels. O ministro do Povo e da Propaganda de Adolf Hitler faz escola até hoje, nos quatro cantos do mundo.
Ele é o autor da famosa frase: “uma mentira, cem vezes dita, torna-se verdade”. Como disse ontem, “mentir sem nenhum pudor virou arma de propaganda de todas as ideologias”.
O filme Cidadão Kane, obra prima de Orson Welles é considerada até hoje, por grande parte da crítica especializada, como o melhor filme da história. Supostamente baseado na vida do magnata do jornalismo William Randolph Hearst, retrata uma situação que não é muito distante de fatos que conhecemos aqui no PATROPI. “Beyond Citizen Kane” (no Brasil chamado de “Muito Além do Cidadão Kane”) retrata situação similar e o poder da Rede Globo de Roberto Marinho. O filme é um documentário de televisão britânico de Simon Hartog, produzido em 1993 para o Canal 4 do Reino Unido. A obra detalha a posição dominante da Rede Globo na sociedade brasileira, debatendo a influência do grupo, seu poder e suas relações políticas.
O ex-presidente e fundador da Rede Globo, Roberto Marinho, foi o principal alvo das críticas do documentário, sendo comparado a Charles Foster Kane, o personagem criado em 1941 por Orson Welles para “Cidadão Kane”. Segundo o documentário, a Rede Globo emprega a mesma manipulação grosseira de notícias para influenciar a opinião pública como fazia Kane no filme de Welles.
O documentário acompanha o envolvimento e o apoio da emissora à ditadura militar, sua parceria ilegal com o grupo norte-americano “Time Warner” (naquela época, Time-Life). Além disso, expõe algumas práticas de manipulação da emissora de Marinho, incluindo o auxílio dado à tentativa de fraude nas eleições fluminenses de 1982 para impedir a vitória de “Leonel Brizola”.
Entre outras manipulações, cita a cobertura tendenciosa do movimento das “Diretas-Já”, em 1984, quando a emissora noticiou um importante comício como um evento de comemoração do aniversário da cidade de São Paulo. A edição, para o Jornal Nacional, do debate do segundo turno das eleições presidenciais de 1989, de modo a favorecer o candidato Fernando Collor de Mello frente a Luís Inácio Lula da Silva, também é retratada no documentário.
Sua primeira exibição pública no Brasil seria aconteceria em março de 1994 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ). Um dia antes da estreia, a Polícia Militar recebeu uma ordem judicial para apreender cartazes e a cópia do filme, ameaçando, em caso de desobediência, multar a administração do MAM-RJ. O secretário de Cultura da época acabou sendo demitido três dias depois.
Durante os anos 1990, o filme foi mostrado em universidades e eventos sem anúncio público de partidos políticos. O filme teve acesso restrito a grupos universitários e só se tornou amplamente visto a partir do ano 2000, graças à popularização da internet.
ROSEBUD IV
Nos últimos dias estou me dedicando a mostrar, historicamente, as tentativas de usar a mídia com o intuito de manipular fatos, criando a verdade dos poderosos.
Só quem viveu durante regimes autoritários valoriza o quão importante é viver num Estado Democrático de Direito e com uma imprensa livre, onde todos possam manifestar suas opiniões.
Lembrem-se: a primeira vítima numa guerra, numa ditadura, ou na tentativa de manipular os fatos, é a verdade.
A manipulação da mídia é uma forma ditatorial de imposição e pode ser executada pelo poder das armas ou “sutilmente” usando o poder econômico.
Antes da Rede Globo de Roberto Marinho, tivemos os “Diários Associados”, a “Rede Tupi” de Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, mais conhecido como Assis Chateaubriand, o Chatô, outro megaempresário da mídia que muito manipulou as informações em nosso país. Como já disse em outra oportunidade, ninguém é santo neste meio e, lamentavelmente, a Rede pertencente a IURD também não foge a esta regra. Volta e meia existem fortes escaramuças entre Globo e Record. Aliás, nesta guerra com a Record a Globo não está sozinha. Outros grupos também alfinetam e apresentam denúncias contundentes contra o grupo liderado pelo Bispo Edir Macedo.
Mas vamos além... Como muito bem lembra-nos um leitor assíduo de nosso site, bem antes da Alemanha nacional-socialista, existia a Rússia Comunista, cujas técnicas foram brilhantemente abordadas por Eric Arthur Blair, mais conhecido como George Orwell, em seu Best-seller "1984".
ROSEBUD V
Estou encerrando hoje esta série de comentários sobre liberdade de expressão e tentativa de manipulação das informações.
Mais uma vez chamo a atenção: a primeira vítima numa guerra, numa ditadura, ou na tentativa de manipular os fatos é a verdade. Mas vamos lá.
Ontem lembrei o Best-seller "1984" escrito por Eric Arthur Blair, mais conhecido como George Orwell. O “Grande Irmão” (Big Brother), através de seu "Ministério da Verdade de Oceania", chegava a controlar o pensamento de seus cidadãos, usando-se das mais tenebrosas torturas físicas e mentais. Na obra nem tão ficcional de George Orwell, o Quarto 101 (em inglês, Room 101) era o pior lugar do mundo. Neste local, os indivíduos indesejáveis ao Estado totalitário são torturados, subjugados. Ali eles irão ter de se confrontar com aquilo a que têm maior aversão. No caso de Winston Smith, o personagem central da obra, são os ratos. Esta cruel exposição à sua maior aversão permite ao torturador atingir o objetivo de tornar Winston um indivíduo conivente com o status quo da sociedade doentia de 1984. Mas fora a tortura aos que de alguma maneira se rebelavam contra as doutrinas impostas pelo “Grande Irmão”, a verdade verdadeira tinha que ser destruída e reescrita de acordo com os interesses do Estado.
Daí surgiu a Novilíngua (Novafala), com o objetivo de restringir o escopo do pensamento. Uma vez que as pessoas não pudessem se referir a algo, isso passava a não existir. Assim, por meio do controle sobre a linguagem, o governo torna-se capaz de controlar o pensamento das pessoas, impedindo que ideias indesejáveis viessem a surgir. Recentemente em nosso país, começou uma campanha de reescrever nossos dicionários, removendo dali palavras “indesejáveis”. Tudo começa por aí. Depois proibimos alguns livros, autores, filmes. Fazemos então algumas fogueiras. E por aí vai.
Quem sabe reescrevemos a história e transformamos a seleção brasileira em campeã perpétua das Copas do Mundo. Piada, talvez, mas é assim que tudo começa. Em seguida, com o pensamento homogêneo e pasteurizado, e sem nenhuma oposição, eLLes se perpetuam no poder.
Nunca esqueçamos as sábias palavras de George Owell: "Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente, controla o passado."
(Postado em ricardoorlandini.net)